segunda-feira, novembro 23, 2009

O contribuinte que se cuide

O Governador do Banco de Portugal já levantou o véu. Nada que eu e tantos outros não esperassem. As contas públicas estão uma lástima, agravadas por uma crise estrutural e uma taxa de desemprego galopante (passe a metáfora).

Solução? A típica e pouco imaginativa à qual os vários Governos nos habituaram: aumentar impostos como via de aumento das receitas (que certamente continuarão a ser mal geridas e redistribuidas).

Em suma, a paliativa "solução" é fácil, é segura. O contribuinte não tem por onde piar.

O preço do ouro

Há meses que o preço do ouro sobe.Está tudo dito sobre a fase da vida monetária e financeira que atravessamos.É a falência de muitas ilusões sobre o sistema monetário, e a confissão forçada de que não há moeda de reserva internacional credível quando o dólar não o é.O EURO é para já uma moeda feita para o mercado único europeu. Mas para o Banco de Portugal esta realidade não é necessariamente uma má notícia.

domingo, novembro 22, 2009

O PSD é só a primeira vítima

As políticas de José Sócrates baralharam o espectro partidário em Portugal .O PSD é só a primeira vítima desse fenómeno. É isso que falta dizer no excelente artigo de hoje de Vasco Pulido Valente no Público.

sábado, novembro 21, 2009

Jorge Ferreira

Acabo de saber pela blogosfera que Jorge Ferreira faleceu. Basta ver a reacção que a notícia suscitou para se ter uma ideia de como ele era querido como pessoa, independentemente de
tomar partido.Fui seu colega na AR e tinha por ele uma natural e espontânea simpatia. Daquelas que ultrapassam partidos. Sempre o senti diferente e ausente da feira de vaidades que a actividade política sustenta. Lia com frequência o seu vivo e informativo blogue que me orientava para outras passagens.Citava-me com critério e generosidade, sem preconceito.A morte às vezes ainda é mais injusta do que de costume.E não é só por o Jorge Ferreira ter sido levado tão novo.Vou sentir a sua falta.

Oliveira e Costa-um ano de leituras

Sabemos como anda difícil a produção de prova. Por isso vou estar de ouvido na rádio para saber de que é acusado Oliveira e Costa, o banqueiro que se especializou em irregularidades assinadas nas costas dos accionistas seus eleitores. Faz parte da curiosa liga de presos preventivos que devem estar a guardar o principal para as memórias futuras...

Mário Barradas (1931-2009)

Mário Barradas e Sacuntala de Miranda fizeram parte de um pequeno grupo de micaelenses que no desolado início dos anos cinquenta ficou como referência na luta contra a ditadura.Mais novo , ainda apanhei o seu rasto e a respectiva reputação quando cursava o Liceu de Ponta Delgada. Quantas vezes não me disseram então em S.Miguel:«Olha, se não tomas juízo ainda te acontece como à Sacuntala e ao Mário Barradas». Aconteceu, claro.
Há poucos anos a Sacuntala, que também já se foi, organizou uma festa de anos , e o Mário Barradas leu uns poemas perante os amigos que se juntaram.Foi como um sinal de adeus.

sexta-feira, novembro 20, 2009

"Esquire: Para além do papel"

As caras da Europa

As nomeações de ontem para Presidente do Conselho de Ministros e para Alto-Representante da UE confirmam a execução minguada que se dará ao Tratado de Lisboa, pelo menos nesta geração.O principal será, como sempre se pensou, a nova ponderação de votos em Conselho de Ministros. Mas tornou mais claras, por comparação, certas escolhas para os orgãos comunitários.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Sem Ronaldo foi mais saboroso

Escreveu um revolucionário num dia difícil para as suas cores« Quando nem tudo está perdido, nada está perdido». Lembrei-me dessa frase por várias vezes no decorrer da fase de apuramento da selecção de futebol para o Mundial da África do Sul.Parecia tudo perdido mas ainda havia o play-off. Depois a UEFA inventou o mini-cabeça de série para esses jogos, o que evitou algumas maçadas a países como a França e Portugal.Éspero que daqui até Junho se perceba que a bananeira não garante a sombra.

"Qualificações técnicas mal-empregadas"


A maledetta da crise

"O trabalho liberta-nos de três calamidades: o aborrecimento, o vicio e a necessidade."
- Voltaire, Cândido

Leio hoje que existem 547 mil desempregados, mais de "não sei quantas dezenas de milhares" que o ano passado, período homólogo. Portanto em jeito de extrapolação, posso inferir que antes da maledetta crise sistémica que contagiou todos os mercados e ao qual Portugal não ficou imune, nós já tínhamos um número impressionante de pessoas desempregadas e em crescendo.

Pergunto eu, o argumento da "crise internacional" ainda cola para justificar uma realidade pré-existente, Sr. Primeiro Ministro?

Já era tempo...

Francisco Assis declarou que o grupo parlamentar do PS irá votar os projectos de resolução sobre a avaliação dos professores tendo em conta o mérito das propostas e a forma como forem apresentados para discussão, mostrando assim a abertura que faltou na legislatura anterior. Se o PS a tivesse mostrado se calhar tinha repetido a maioria absoluta e não andaria agora nestes assados da boa- vontade forçada...

terça-feira, novembro 17, 2009

Shopping frenético


Para "votar" no Jimmy Choo, as fashinistas, os bargain-hunters e o povaréu faz fila. Para votar nos nossos governantes, não há pachorra nem tempo.

Sic Gloria Transit Mundi.

in Público

Acontece de tudo no primeiro mandato

Cavaco Silva recebe hoje Noronha do Nascimento certamente escaldado com o tema«escutas»!Está tudo muito concentrado no primeiro mandato...

O que se quer dizer quando...

A contratação de Carlos Carvalhal para treinador do SCP está a dividir os sportinguistas. Mas numa coisa estão todos de acordo: aquele técnico conhece muito bem a Liga de futebol. Mas o que se quer dizer exactamente quando se afirma que alguém «conhece bem o futebol português»?Será o que se vê durante os jogos, ou algo para além disso?

A nova guerra da Bósnia

As reportagens da chegada da selecção de futebol à Bósnia mostram-nos a animosidade da recepção no aeroporto de Serajevo. Alguém refere que se estava à espera que os GNR que estão em missão de paz naquele Estado formassem uma espécie de corredor «humanitário» à volta dos nossos jogadores.Mais um pouco e é a terceira guerra mundial...

segunda-feira, novembro 16, 2009

"A vida é uma lista de coisas"



A vida é feita de listas: listas de casamentos, listas de compras, listas de nomes para bébés, listas de telefones e contactos, listas de sítios a visitar, listas de alimentos que devemos comer ...

"We Like Lists Because We Don't Want to Die"
Umberto Eco no Der Spiegel.

Que desperdício...

Não gostei de ver ontem Mário Soares na televisão a fazer uma declaração de circunstância sobre o funcionamento da justiça em Portugal. Mário Soares deve a si próprio uma de duas atitudes perante o que se está a passar na sociedade política portuguesa: ou guarda silêncio ou indica um caminho. Digo eu que sei o que o regime democrático lhe deve.

domingo, novembro 15, 2009

O comunicado do PGR

Há muito tempo que nenhum orgão de comunicação social transcrevia na íntegra um comunicado com a extensão do do PGR sobre as escutas das conversas entre Armando Vara e José Sócrates. Por isso li com muita atenção o texto no Diário de Notícias.O que mais me impressionou foi a diferente perspectiva do que pode ser o segredo de justiça entre dois intérpretes máximos do dito e do não-dito como são o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o Procurador-Geral da República. E ainda sobram as entrelinhas do comunicado.

sábado, novembro 14, 2009

A situação paradoxal de Carlos Queiroz

Depois de ver o jogo entre Portugal e a Bósnia acho que Carlos Queiroz está numa situação paradoxal: se Portugal conseguir ir à Africa do Sul a FPF deve procurar rapidamente outro seleccionador mais motivador a curto prazo; se a selecção for eliminada, então Queiroz pode continuar as suas tarefas de planeamento e treino das equipas nacionais sem a pressão de resultados imediatos.

O exemplo de Marques Mendes

No meio deste clima propício à impunidade sobre os costumes da corrupção uma homenagem é devida a Marques Mendes que, como presidente do PSD , criou uma norma cada vez mais necessária: gente pronunciada judicialmente deixa de ter condições para exercer cargos públicos até melhor prova. Perdeu a Câmara de Lisboa, foi desautorizado pelo seu eleitorado em Oeiras e em Gondomar , que me lembre.Mas é o exemplo a seguir nesta matéria.E como estão as coisas para o lado dos costumes judiciais só os partidos ainda podem salvar o regime. Com medidas como a suspensão, expulsão, ou simples retirada de confiança àqueles membros que tenham abusado da pertença a esses organismos indispensáveis à democracia.

Estado de Direito ... à bandalheira


Sobre as violações sistemáticas do «Segredo de Justiça»:

É tão culpado quem dá a bufadela, como quem a dá
a cheirar ao grande público.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Do pântano para o Mundo

Nos últimos tempos até tenho revisto em alta a minha opinião sobre António Guterres. Não fui dos que o incensaram até á 25ª hora. Também não lhe caí em cima como muitos dos seus cooptados e apoiantes mal ele saiu cheirando um pântano que nunca situou, e que se estendeu entretanto. Regressa hoje, graças à revista Forbes, como uma das cem personalidades mais influentes do Mundo.É o único português em tal lista.Em que suporte virá a resposta de Bruxelas?

Notícias de Charles Smith

Não se acredita em Charles Smith. Nem quando ele confessa nem quando se desdiz. Acho-o um cromo à imagem e semelhança de quem se dá com ele. Como testemunha não tem sido apreciado. Já como fonte de informação e de notícias é uma mina.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Classe Política e Classe Jurídica

A «Classe Jurídica» ainda está mais afastada dos cidadãos do que a «Classe Política», não está?

O Comissário do Pacto de Estabilidade

O equilíbrio orçamental dos países da zona euro já esteve previsto para 2002.Agora o Comissário Almunia apontou com ar desportivo uma nova meta cronológica para o mesmo efeito. Faz essa figura ano após ano em véspera das aprovações dos orçamentos dos Estados membros. Desta vez brindou-nos com um mítico 2013 .Tendo em conta já não se sabe que crise, e quem precisa de novos apoios estatais, admite que o principal esforço se faça mesmo em 2012. O nosso ministro das Finanças não se desmanchou, mas a ministra francesa com o seu «franc- parler», já disse que 2013 nem pensar.Almunia fez que não ouviu.É reciproco.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Cavaco Silva desviado para as Linhas de Torres no 11 de Novembro

A Europa esteve hoje, 11 de Novembro, dia da comemoração do Armísticio da I Guerra Mundial celebrado em 1918, com os olhos postos em Paris onde França e Alemanha se deram as mãos e reafirmaram o seu credo na União Europeia. Pois em Portugal alguém obrigou o PR a recuar um século mais, a recuar para a guerra peninsular e a discursar sobre as Linhas de Torres, acto que podia muito bem ter lugar em vários outros dias. Depois queixem-se da periferia...

Sesame Street-Rua Sésamo

Celebram-se por estes dias os 40 anos da Sesame Street, e os 20 da versão portuguesa Rua Sésamo. Por razões familiares acompanhei de perto a feitura da Rua Sésamo-um marco original, e inédito, na história da televisão educativa em Portugal. Como em todas as histórias de sucesso há muitos protagonistas a referir. Mas sei que a escolha do programa foi feita pelo Fernando Lopes antes de dizer adeus à velha RTP,que Carlos Pinto Coelho o defendeu com unhas e dentes ,que os segmentos produzidos em Portugal ocupavam metade do tempo de cada programa,e que a produção, a realização,e os temas escolhidos revolucionaram a televisão em Portugal, e não só no campo infantil e pedagógico, embora a qualidade pedagógica que a Maria Emília Brederode introduziu tenha valido muito mais que tudo o que se tem dito sobre a matéria. O programa tinha um pecado original para muita gente :era de origem norte-americana, e era uma ideia de uma empresa com fins não-lucrativos ,cuja emissão estava a cargo da Public Broadcasting Service,(PBS) a estação pública dos EUA! Uma grande confusão para muitas cabecinhas com influência na nossa terra.Assisti à consagração da versão portuguesa a nível internacional quando a Maria Emília foi convidada a participar num hearing no Senado dos EUA sobre a importância do programa para a educação infantil.Quando a RTP comemorou orgulhosa os seus caseiros e corporativos 50 anos quase se não referiu à inovação que o Rua Sésamo representou para a sociedade portuguesa. Agora que a América celebra os 40 anos da Sesame Street também por cá se lembraram de assinalar os vinte anos da Rua Sésamo. Antes tarde do que nunca!

Isabel Alçada começou bem

Isabel Alçada começou bem. Aproveitou a reunião de ontem com os sindicatos dos professores para tomar a iniciativa da condução do processo de alteração de métodos ,senão de objectivos, do Ministério de Educação nesta legislatura. Antes de ter de ir a reboque de resoluções e de leis desencontradas que se anunciam já na Assembleia da República.Como era de prever, aliás.

terça-feira, novembro 10, 2009

Manual oitocentista

Releio, com o mesmo prazer de sempre, uma passagem do Testamento Político de D.Luis da Cunha naquele passo em que o ilustre estrangeirado aconselha o futuro rei D.José a não mostrar «logo que em certas cousas quere tomar o contra-pé do govêrno de el-rei seu pai, e que, quando se vir obrigado a fazê-lo, será mostrando que são as diferentes ocorrências que o forçam a tomar diversas resoluções;para que não pareça que V.A. as emenda, antes as venera».
Um texto que se podia afixar nas nossas escolas...

Miguel Gaspar-Um jornalista de qualidade

Há muito que me habituei a ler com atenção o jornalista Miguel Gaspar. Se não fosse jornalista de profissão seria considerado um dos grandes colunistas ao mesmo título que alguns raros . Hoje escreve no Público um artigo com um sugestivo título
O Governo oculto. Mas não é só sobre este governo.É sobretudo sobre a fraqueza dos poderes públicos em Portugal, com os resultados que estão à vista.

segunda-feira, novembro 09, 2009

In Memoriam -Jorge Sá Borges

Jorge Sá Borges foi o melhor ministro de Conselho de Ministro que conheci, e conheci alguns pesos pesados que hoje não entrariam em lado nenhum. Católico ,fora dirigente estudantil no início dos anos sessenta, pertenceu ao Secretariado Nacional dos Estudantes Portugueses em 1962-1963, tornou-se um advogado de sucesso.Elegante, passeou o seu charme com naturalidade. Depois do 25 de Abril ajudou a fundar o PPD, foi seu dirigente, e tinha uma estratégia para aqueles tempos: era uma espécie de Aldo Moro. Concebia o PPD em aliança com o MFA e o PCP. Foi acusado de «submarino», tal era a heterodoxia do plano visto pelos seus companheiros de partido. Apanhei-o no governo de coligação do almirante Pinheiro de Azevedo. Era um ministro que se pronunciava sobre quase toas as medidas e diplomas. As intervenções políticas de Sá Borges eram informadas, inteligentes, conciliatórias, o seu ministério o dos Assuntos Sociais. Formou uma equipa de qualidade. Saíu do PPD logo depois. Manteve-se discreto.Sempre que nos encontrávamos o riso era fácil e contagioso. Menos quando a doença começou a tomar conta dele. Aí refugiou-se em si próprio a quem devia ter muito que contar. Saudades Jorge Sá Borges.

domingo, novembro 08, 2009

Vida e morte do Muro de Berlim (1961-1989)

A II Guerra mundial estendeu-se por seis anos.A Guerra Fria manteve-se cerca de quarenta anos. O Muro de Berlim durou penosos vinte e oito anos. Seria bom que as celebrações do 20º aniversário da sua queda ajudassem a perceber melhor o que efectivamente se passou, antes, durante e depois.Não foi o fim da História.

A natureza da corrupção



Agora que todos falam e revisitam Claude Lévi-Strauss enquanto escrevem o seu obituário, eu gostaría de aproveitar a boleia para estabelecer uma analogia entre o seu "princípio da reciprocidade":

Todas as relações politícas são relações de sobrevivência, logo de intercâmbio de favores. Tudo legitimado por nós eleitores e pela nossa "observação participativa", portanto.

Nós fartos "deles"

Posso fazer minhas as suas palavras caro Miguel Sousa Tavares?

"Oiça, José Sócrates: o país que trabalha, que estuda, que inova, que arrisca e que dá trabalho a outros; o país que não foge ao fisco nem tem offshores e que paga impostos até por respirar; que não enriquece na bolsa nem vive a medingar subsídios do Estado; que paga a escola dos filhos, as suas despesas de saúde e o seu plano de reforma, nada esperando da Segurança Social; o país que tem pudor em fazer negócios escuros com as autarquias ou as empresas públicas (...) está a ficar farto. Acredite que está."

O Estado dizem, somos "nós". Mentira, são "eles".

São "eles" que todos os dias com o nosso voto analgésico transformam o Estado na "grande ficção" a que se referia Fréderic Bastiat. Esta ficção "da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo".

Parece-me que está na altura de tornar o "Civil Disobedience" do Henri Thoreau em leitura obrigatória do Secundário. Parece-me que sim.

Rotulogia partidária

Se o CDS/PP era "o partido do táxi", o PPD/PSD arrisca-se a ser "o partido dos repescados".

Um presidente com maioria relativa?

Eu sei que a figura não existe. Mas as sondagens teimam em mostrar um Cavaco Silva a perder popularidade.É caso para dizer que o PR também perdeu a maioria absoluta. Isto anda mau para os adeptos do autoritarismo moderno.

sexta-feira, novembro 06, 2009

É o destino de quase todos

Paulo Bento disse ter estado quatro meses a mais como treinador do SCP. Porque será que não se tem consciência destas coisas a tempo?

Guerra de trincheiras

Todos sabemos como, com a chegada do Inverno de 1915, a guerra de trincheiras fixou as tropas ao solo. Foi assim no primeiro dia do debate do programa do governo. Lá mais para a frente se verá quem toma a iniciativa da perigosa ofensiva.

quinta-feira, novembro 05, 2009

A milhas

Não era membro da AR quando o caso das« viagens fantasmas» de deputados abrasou os espíritos em Portugal. Estava-se em pleno período do cavaquismo governamental e dir-se-ia que não havia mais mácula no sistema. Foi no tempo dourado das agências de viagens. Li hoje que a conferência de líderes resolveu proibir o desdobramento de bilhetes- o que faz regularmente- e, verdadeira novidade, retirar aos deputados a possibilidade de acumular as milhas oferecidas, uma luta travada há anos pelas companhias de aviação à escala global muito preocupadas com o destino das ditas. É bom estar a milhas de coisas tão pequenas.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Delito de opinião

João Carvalho dá eco à minha sugestão da imprensa passar a indicar a fonte das suas matérias quando elas sejam oriundas de agências de comunicação. É um bom combate.Gostaria de ver mais gente do mundo do jornalismo a pronunciar-se.

Finalmente, o Tratado de Lisboa

A lentidão do processo de ratificação do Tratado de Lisboa, que finalmente terminou, dá uma ideia do minguado entusiasmo que a sua entrada em vigor suscita.Como se se começasse uma corrida a travar.

terça-feira, novembro 03, 2009

Prioridades e centros vazios

Neste ensaio geral sobre epidemias há uma situação que merece esclarecimento superior: por um lado, discute-se muito os grupos prioritários que devem receber a vacina anti-gripe, por outro lado há notícia que nos centros de saúde não aparecem os grupos de dez suficientes para a utilização das doses actuais.Nem vendo os Prós e Contras alguém percebe isto.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Marcelo a destempo?

Marcelo Rebelo de Sousa foi o último grande líder do PSD. Empregou mal o seu talento mas derrotou, na oposição, por duas vezes o PS de Guterres. Retirou-se das lides por uma mal explicada desavença com Paulo Portas do PP. Passou-se com armas e bagagens para o comentário político televisivo que democratizou com o seu ar ladino.Refastelou-se nos estúdios. Tem uma real dificuldade em sair de um sítio em que manifestamente é feliz. Viu passar Barroso, Santana, Marques Mendes e Meneses sem se alterar.Quando Meneses se demitiu era evidente que tinha de avançar para oferecer ao país uma alternativa. Não o fez. Perdeu o seu tempo e sacrificou Manuela Ferreira Leite. Agora hesita. Ainda é pior. Assim nunca mais sai do estúdio.

domingo, novembro 01, 2009

As agências de comunicação tratadas como as de informação?

A direcção da Casa dos Açores em Lisboa organizou este fim de semana um jantar-debate sobre a influência da comunicação social na vida política. Mário Bettencourt Resendes foi o orador convidado , adequado e acutilante, sempre dentro daquele quadro de equilíbrio cósmico com que os açorianos respondem historicamente às convulsões da natureza. Na minha breve intervenção , propus que se incluísse, nas normas redactoriais, que as matérias oriundas das agências de comunicação fossem assinaladas como tais, como se faz, aliás, para as notícias das clássicas agências de informação como a Reuters, a AFP, ou a Lusa.É um objectivo saudável para a relação de transparência que deve existir entre a imprensa e público.Portanto acabará por entrar nos costumes, ou nos livros de estilo.Quanto mais depressa melhor.