Nós fartos "deles"
Posso fazer minhas as suas palavras caro Miguel Sousa Tavares?
"Oiça, José Sócrates: o país que trabalha, que estuda, que inova, que arrisca e que dá trabalho a outros; o país que não foge ao fisco nem tem offshores e que paga impostos até por respirar; que não enriquece na bolsa nem vive a medingar subsídios do Estado; que paga a escola dos filhos, as suas despesas de saúde e o seu plano de reforma, nada esperando da Segurança Social; o país que tem pudor em fazer negócios escuros com as autarquias ou as empresas públicas (...) está a ficar farto. Acredite que está."
O Estado dizem, somos "nós". Mentira, são "eles".
São "eles" que todos os dias com o nosso voto analgésico transformam o Estado na "grande ficção" a que se referia Fréderic Bastiat. Esta ficção "da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo".
Parece-me que está na altura de tornar o "Civil Disobedience" do Henri Thoreau em leitura obrigatória do Secundário. Parece-me que sim.
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