quarta-feira, agosto 30, 2006

e-Government, UK



E se o Governo Britânico utilizasse o YouTube para "espalhar" alguns dos seus programas e políticas?

Pois foi exactamente o que o Cabinet Office fez ... Segundo eles, estão a experimentar novas formas de distribuir conteúdo de interesse público e de envolver os cidadãos.

domingo, agosto 27, 2006

Comprar querelas

Quem protege quem em Timor?Essa parece ser a questão perante uma maior organização de bandos de jovens que atacam particularmente as forças australianas.Cuidado com as querelas dos outros que andamos a comprar.

Saír de casa para ir ao cinema

Já tive várias fases na minha vida de cinéfilo.Em S.Miguel acontecia-me ver 5 filmes ao domingo quando era adolescente.Na fase de estudante universitário ia muitas noites, e ainda em Genebra «inventei» um género de filmes para ver aos fins-de-semana.Depois fui atenuando a fúria cinematográfica, substituida pelas idas ao teatro ou à ópera, e agora só quando há qualquer coisa especial é que me dou ao trabalho de saír de casa para ir ao nimas.Foi o que aconteceu esta noite com Les Amants Réguliers de Philippe Garrel em exibição no King-triplex, uma sala de cinema em Lisboa de que gosto.Pena a livraria estar fechada no Verão.

sábado, agosto 26, 2006

Parabéns Rui

O Rui Medeiros Ferreira é um dos leitores regulares dos bichos no Brasil.Foi um talentoso, destacado e destemido dirigente da Juventude Socialista nos difíceis anos de 1974 a 1977.Talvez por causa do apelido renunciou cedo a uma prometedora carreira política e, jovem engenheiro especializado em «correntes fracas» no IST, preferiu instalar-se em S.Paulo,onde acabou por estabelecer a sua própria empresa de informática e criar uma nova família sem esquecer os antigos laços.Cultiva a solidariedade com discrição mas firmemente.Dotado de uma calma enérgica é das melhores personalidades que conheço.Faz hoje 52 anos.Parabéns.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Bibliografia complementar



George Bush depois de ler o "L'Estranger" de Camus poderia muito bem ler "La Chute". Assim ficaria a compreender porque é que os franceses são como são ... porque têm uma obsessão por fornicar e por discutir ideias (isto de acordo com o que o personagem do livro diz, claro).

Ruminações

"Os europeus têm sociedades e instituições que se movem devagar. Estão orgulhosos disso. É bom mas vai ter um preço."
-- Alvin Toffler, Financial Times, 19 de Agosto 2006

sexta-feira, agosto 18, 2006

O terrorismo religioso

Vasco Pulido Valente levanta hoje no Público uma interessante questão:porque é que o Ocidente não consegue levar a sério a ameaça do islamismo como terá levado a do comunismo?Será por ter gritado demasiado «ao lobo!»?Será por ter utilizado aquele contra este?Ou porque para vencer o terrorismo religioso terá que ser mais do que Ocidente?

Um Verão revivalista

O centenário do nascimento de Marcelo Caetano, com a excepção notável da entrevista dada à RTP1 pela filha Ana Maria, serviu sobretudo para recordar os 5 anos em que aquele político e professor universitário foi Presidente do Conselho do regime deposto a 25 de Abril de 1974.Depois do programa sobre a inauguração da Ponte Salazar há 40 anos ficamos à espera da próxima efeméride nacional com honras de comemoração televisiva...Qualquer aniversário, redondo ou não,serve.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Viciado no jogo ... virtual?



Não consegue largar a consola de jogos?
A consultora holandesa Smith & Jones parece ter a solução. Eis um interessante nicho/oportunidade de negócio: "Addiction consultancy".

"Computer and video games can be fun and innocent. Most people can play computer games without trouble. However, 20% of all gamers can develop a dependency on gaming.

Many of these individuals have neglected family, romance, school, and jobs; not to mention their basic needs such as food and personal hygiene… all for a video or computer game.

The Smith and Jones WILD HORSES CENTER has the very first outpatient addiction treatment program for problem gamers in Europe."


[Via: Iconoculture]

General francês

O comando da força da ONU no sul do Líbano foi atribuído a um general francês.Já se pode comer batatas fritas(french fries) sem levantar suspeitas?

Marcelo Caetano nasceu há 100 anos

Os orgãos de comunicação social dão hoje um particular relêvo à passagem do centenário do nascimento de Marcelo Caetano, e quase todos o apresentam como vítima das circunstâncias, quando ele foi, enquanto Presidente do Conselho de Ministros entre 1968 e 1974, vítima política sim, mas de Salazar, que posava para a história sobre as desgraças dos seus sucessores no regime de partido único.Digo «regime de partido único» para sossegar a brigada dos bons costumes políticos portugueses.Agora «fascismo» é um termo que só Bush ousa utilizar...

Terrorismo

Há uma parte da esquerda - e uma parte dessa parte está no PS - que ainda não conseguiu encontrar uma abordagem de tranquilidade intelectual face ao terrorismo islâmico. Se não, vejamos o que se passou com os mais recentes incidentes em Londres: ouviu-se alguma voz de indignação da parte do Bloco de Esquerda ou do Partido Comunista Português? Que me tenha apercebido, não. É sempre mais fácil invocar o relativismo cultural, invectivar o grande satã norte-americano ou falar do terrorismo de Estado de Israel. Essa esquerda não entende que ganharia outra autoridade intelectual e ideológica se fosse capaz de ver com os dois olhos...

Sugestão de leituras

Rita Siza, correspondente do Público em Washington,dá-nos uma saborosa notícia sobre a revelação feita pela Casa Branca segundo a qual o veterano Presidente dos EUA,George W. Bush, teria lido nestas férias o livro do franco-argelino Albert Camus O Estrangeiro, um clássico do existencialismo dos anos cinquenta.Por mim li-o em S.Miguel com 16 anos, assim como A Peste, Os Justos, sobre os dilemas morais do terrorismo e da violência,e até o Calígula, sobre a lógica do poder absoluto numa situação imperial.Recomendaria todos eles a Bush e à sua equipa.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Inscrição de treinadores

O recente episódio que envolveu a passagem do treinador de futebol Jesualdo Ferreira do Boavista para o FC do Porto nas vésperas do começo da época leva-me a sugerir que haja um período para a transferência de treinadores como já existe para os jogadores.

Revoluções fiscais

Gosto e acompanho sempre que não me esqueço, os artigos do jovem economista Ricardo Reis semanalmente publicados no Diário Económico. Escrevo "jovem economista" pois esse parece ser o epíteto qualitativo ganho pelo Ricardo em alguns meios de comunicação portugueses. É de reconhecer e louvar, vejamos: 27 anos andou pela LSE atravessou o Atlântico onde assentou arraiais, tem um PhD em Harvard e é actualmente professor convidado em Stanford.

No entanto o que me leva aqui a falar do Ricardo Reis não é o seu brilhante e meteoritico percurso nem tão pouco fazer a mui portuguesa apologia de que também somos "bons" e capaz do melhor sempre que fugimos do país, pois este não nutre na nossa melhor inteligência os incentivos necessários para atingirem a excelência (adoro este calão).
Escrevo sim, por causa da interessante entrevista por ele dada no mês passado à revista Visão (n.º 697), sobre regimes contributivos. Eis alguns dos "insights" partilhados pelo entrevistado:

"Há uma proposta ainda mais radical (que uma taxa única de IRS), que nunca foi experimentada: taxar não o rendimento, mas o consumo."

"Se cobro IRS e IVA, estou a taxar duplamente as poupanças e a criar uma grande distorção. Há economistas que calculam que, se substituíssemos um imposto sobre o rendimento por um único imposto sobre o consumo, que permitisse a mesma receita, um país seria 20%, 30%, 40% mais rico."

"Eu posso ganhar mil e gastar cem, e você ganha 200 e gasta os mesmos cem. Temos o memso nível de vida, pois gastamos os dois apenas cem. Então porque é que hei-de ser mais taxado que você? Dizer que eu poupo mais 900 e sou mais rico, apenas significa que no futuro, poderei consumir mais. Mas quando assim for, pagarei mais imposto."

"O ponto de referência para medir o nível de vida está no quanto consumo. E não na conta bancária."


«« ........................ »»


Não há dúvida que a economia é uma ciência social segura com belos modelos hipotéticos de situações "ceteris paribus", onde as variáveis e as motivações dos indivíduos são simples, conhecidas e controláveis. É quase como brincarmos com uma cidade Playmobil. Como tal, querendo igualmente contribuir para o debate proponho também uma nova política fiscal para o Estado Português (já que esta é única ferramenta macroeconómica que ainda nos resta).

Proponho que o Governo siga uma linha fiscal semelhante à defendida pelas teorias económicas do lado da oferta, vulgarmente conhecidas como "Trickle-down theory" (muita em voga nos anos 80 durante a Presidência de Ronald Reagan). A lógica é simples e atraente: Baixamos os impostos sobre quem produz, sobre quem cria postos de trabalho e riqueza em Portugal (a malta do PCP ao ler isto já dever estar a sentir suores frios). Com o dinheiro poupado nos impostos os "entrepreneurs" lusitanos investem mais, pois têm mais dinheiro. E um "entrepreneur" na acepção Schumpeteriana quanto mais capital tem, mais investe - pois essa é a sua natureza (não o esconde debaixo do colchão) e a natureza orgânica da Empresa. Ao investir esse dinheiro poupado nos impostos, está a criar mais postos de trabalho, logo a criar mais riqueza e a permitir que mais indivíduos (agora empregados) paguem mais impostos - a base tributária do Estado é alargada, o Estado tem agora mais pessoas a pagar impostos.

No entanto e para não permitir que esses "entrepreneurs" deixem de investir esse dinheiro poupado nos impostos, o Estado tem que criar mecanismos de contra-balanço. Como? Aplicando uma política fiscal do lado da procura, que estimule igualmente o consumo. Ou seja, se as pessoas consumirem mais e aumentarem a procura de certos bens e serviços, isso vai obrigar o lado da oferta a ter que produzir mais e acompanhar esse potencial boom do lado da procura.

Hmm pois ... isto soa a um disparate pegado, não soa?
Ou será que não?

terça-feira, agosto 15, 2006

Outra vez as Torres



"Most Americans dismiss 9/11 conspiracy theories as crackpot fantasies, but that didn't stop Dylan Avery, 22, and Korey Rowe, 23, from assailing the official version of events in their much-Googled documentary, Loose Change. As they prepare a thrid edition, Nancy Jo Sales explains how a movie produced on a laptop for $6,000 has given a new life to the '9/11 Truth' movement and made millions of Americans go Hmm ..."
-- "Click here fo conspiracy", Vanity Fair, August 2006

Mais uma empolgante teoria de conspiração com ligações e simbologias onde mais ninguém as vê? Mais uma proactividade do apelidado "citizen journalism"? Mais uma "ordem espontânea" de patriotas zelosos dos seus direitos e liberdades que não se importam de questionar as verdades do Establishment?

Você, caro leitor o dirá. Até porque o meu papel não é o de formar ou influenciar opiniões, mas sim o de facilitar as mesmas.

Ver documentário aqui + Site oficial aqui

Uma pantominice pegada

O "Abrupto" JPP foi (ou tem sido) alvo de sabotagem informática. Prima facie anda por aí alguém que não aprecia muito o papel blogosférico de "grande educador" de JPP.

Mas pergunto-me eu, que motivos poderão levar alguém a perder tempo e energia com tamanho acto ignóbil? Inveja da interminável e galáctica cultura do autor? Sensação de profundo enfadamento com os postulados "eu estou aqui" diários do autor? Descontentamento com o facto do autor não ir "muito à bola" com a bola e a Selecção?

Enfim julgo que é importante dissertarmos sobre a causa antes de saltarmos para o juízo. Até porque isto é grave como nos lembra o blasfemo CAA, pois estamos perante um ataque ao "blogue de comentário político com maior audiência em Portugal e que mais influência tem no incremento da nossa blogosfera".

Shame on you RAP, seu felino fedorento por ousar lembrar-nos da importância de sermos lúcidos e de nos rirmos das pantominices da blogosfera lusa.

As fantasias de Simão Sabrosa

A imprensa especializada tem vindo a preparar os benfiquistas para receberem Simão Sabrosa de braços abertos, depois deste ter estado fechado num avião para rumar a Liverpool, e por várias vezes num quarto de hotel com um valenciano credenciado.O problema será saber com quem estará Sabrosa a fantasiar no momento do remate à baliza dos adversários do glorioso SLB:se com o Valência se com com o Chelsea, ou outro qualquer.Até pode acontecer que seja com a Luz!Não é uma excitação?E logo com o capitão...

quinta-feira, agosto 10, 2006

O medo ... outra vez!



"A plot to blow up planes in flight from the UK to the US and commit "mass murder on an unimaginable scale" has been disrupted, Scotland Yard has said."

[Fonte: BBC News]

O "inimigo" da virgindade?



"A US study claims that teens whose iPods are full of music with sexual lyrics start having sex sooner than those who prefer other songs.

The study by the research outfit Rand, has apparently discovered that a lot of modern popular beat combos release tunes with sexual lyrics.

When installed in an iPod these influence teen behaviour, the study claimed. If a teen listens to music where men are depicted as "sex-driven studs" and women are sex objects, the tunes are more likely to trigger early sexual behaviour, such as premarital hand-holding and pecks on the cheek."

Causa-efeito rebuscada?
Eu particularmente lembro-me de ainda adolescente ouvir o "Relax don't do it" dos Frankie Goes to Hollywood no meu walkman (na altura não haviam iPods) e não me recordo que isso tenha aumentado a líbido.

[Fonte: Inquirer]

Escrever na areia

Porque será que tenho a sensação que escrever nos blogues durante o Verão é o que há de mais parecido com o escrever na areia?

Lula fala de Filipão, Sócrates não

Todos esperamos os melhores resultados, mesmo que não sejam inéditos, da visita do Primeiro-Ministro ao Brasil.A preparação foi intensa, sabe-se.Para já regista-se que Sócrates ouviu o elogio de Lula a Scolari sem cair na tentação de reciprocar...Homem prevenido...

quarta-feira, agosto 09, 2006

Férias Judiciais

Nunca pensei que houvesse essa espécie de férias judiciais inaugurada pela sentença do caso Gisberta, e por processos arquivados em plena canícula.Ou então tenho andado distraído...Mas assim não se aumenta o crédito da Justiça.Mesmo no Verão.