Sábado no Correio da Manhã
Hoje é dia de directas no PSD.Digo no Correio da Manhã porque está o partido de Cavaco Silva, Balsemão e Marcelo Rebelo de Sousa na defensiva.
Hoje é dia de directas no PSD.Digo no Correio da Manhã porque está o partido de Cavaco Silva, Balsemão e Marcelo Rebelo de Sousa na defensiva.
Não vejo ninguém preparado para a política do petróleo caro.De repente até os mais novos parecem ultrapassados.
O próximo Expresso anuncia o crescimento do mercado de arrendamento de habitações e a retracção na compra de casa própria.Tudo indica que assim seja desde a crise do crédito à maior mobilidade e insegurança no emprego.Além de que não faria sentido facilitar o divórcio e fixar os casais à propriedade, ou à venda apressada, dos apartamentos comprados numa hora de paixão...
Não queria acreditar:Judite de Sousa dava o título de «Grande Entrevista» à conversa que manteve com um célebre cirurgião plástico brasileiro.A única explicação que encontro para o facto da RTP1 ter embarcado na história é a cedência que demontrou nesse caso ao lobby anti-futebol...Como dizia o outro: só as pessoas frívolas acham frívolas as coisas frívolas.
Também não se espera que destas directas do PSD saia uma solução governamental.Neste contexto posso revelar que o candidato que me parece mais refrescante nos debates seja Patinha Antão.Quanto a Passos Coelho dá a impressão que acaba de sair da fábrica...
O Rei da Noruega, um país produtor de petróleo, faz uma visita a Portugal no meio da crise dos combustíveis...Ninguém espera uma resposta à questão!
Ontem à noite fui a Beja participar num programa de Carlos Pinto Coelho sobre Blogues, com Paulo Querido, Pedro Rolo Duarte, Pedro Guinote e Hugo Lança.Foi um serão muito divertido no auditório da Biblioteca Municipal de Beja, pioneira em Portugal no acesso directo dos leitores às estantes de livros.Dei-me conta também que há uma espécie de corrente que reune instintivamente os blogonautas: é a trincheira em que se defende a liberdade de expressão.Lá estavam os autores de blogues com sede em Beja como o Praça da República e a Aliciante.
José Miguel Júdice, com a autoridade de que foi revestido, « não reconhece qualquer autoridade» a Mário Soares para tecer as críticas de ontem.Sinais dos tempos...
Mário Soares escreve hoje um importante artigo no DN, e apela ao PS para este promover uma reflexão sobre a pobreza, as desigualdades sociais e o descontentamento das classes médias.Além do descontentamento ultrapassar vastamente «as classes médias», tenho a impressão que o alerta chega um pouco tarde.E Mário Soares não é muito dado a perder o timing das coisas.
Sempre que Portugal está numa dificuldade maior são chamados à televisão os especialistas da morte assistida...
A Palma de Ouro do Festival de Cannes foi ganha pelo filme francês Entre les Murs ,do realizador Laurent Cantet, que retrata a vida no interior de uma sala de aula.Porque será que todos temos a impressão de já ter visto este filme?
"In a closed society where everyone is guilty, the only crime is getting caught." -- Hunter S. Thompson, Fear and Loathing in Las Vegas
Ontem à noite a votação popular nas canções do festival da Eurovisão deu para perceber como as comunidades de migrantes de diversos países(incluindo Portugal) se mobilizaram para o efeito.Trato do assunto este domingo no Correio da Manhã.
Coeficiente de Gini, por onde se mede o grau de disparidade da repartição da riqueza no interior de um país, coloca a sociedade portuguesa numa triste posição.Por mim sinto vergonha que a geração anterior, a minha,e a actual,não tenham atenuado as desigualdades entre nós.
Ouço um programa de Manuel Vilasboas sobre a barragem do Picoto na TSF.Um bom momento de rádio.
O Expresso traz amanhã excertos das memórias de Charie Blair.Vou ler como nós todos.Mas é o tipo de protagonismo que não aprecio por aí além.Gosto de casais políticos como Eleanor e Franklin Roosevelt, François Hollande e Ségolène Royal enquanto durou,e, oh escândalo, Hillary e Bill Clinton.O «cherchez la femme» no casal Blair já serviu para explicar a conversão de Tony ao catolicismo em terras anglicanas. Vamos ainda saber mais?
Pertenço a uma geração que encarou os festivais da canção da Eurovisão com olhos de antropólogo.Tudo nos servia de divertimento:as músicas, as letras, as roupas. Até as trocas de favores nas votações entre estações de televisão eram transparentes.Não se levava nada a sério mas via-se.Passaram-se anos.Deixei de ver.Esta noite, não sei porque carga de água, lá fiquei agarrado ao televisor até chegar a classificação das apuradas para uma «Final» a disputar sábado, coisa que desconhecia.
Na última semana levantou-se a discussão sobre os (maus) indicadores económicos em Portugal do último trimestre.Só faltou assinalar que há um motivo de esperança: as duas locomotivas da zona euro, a Alemanha e a França, tiveram ambas bons resultados nesse mesmo trimestre...
Nos últimos dias tenho-me desdobrado em actividades pouco rotineiras: fui à Câmara do Fundão discutir o futuro da União Europeia com Vítor Martins, Paulouro das Neves e Deus Pinheiro.Estive na Fundação Soares na muito original apresentação de um livro sobre Fídel de Castro e o 25 de Abril da autoria de José Fernandes Fafe, um grande intelectual da «esquerda antiga e moderna», para citar o título de outro livro seu.Refiro estas realizações porque não deram azo a notícias e me pareceram, cada uma à sua maneira,bastante interessantes e diferentes do que habitualmente se faz.
Fiquei em casa a ver directamente de Moscovo, via Eurovisão, a final da Champions League entre o Manchester e o Chelsea, duas equipas inglesas que conseguiram reunir 150 milhões de telespectadores em todo o mundo.Gostei de participar nesse culto globalizante.
Há três anos que existe o Bicho Carpinteiro.Há três anos que faço uma referência à Feira do Livro em Lisboa.Este ano a coisa esteve mais difícil.Francisco José Viegas apresenta os documentos da crise nuclear.Confesso não ter torcido por ninguém.O que eu queria mesmo era as barraquinhas abertas com os livros em estendal no Parque EduardoVII.Para muitas obras e autores é uma espécie de nova oportunidade de existência.Para muitos leitores uma certa libertação do espaço fechado das livrarias e das estratégias de promoção das casas editoras. Está de parabéns a mediação da Câmara Municipal de Lisboa.
Por causa dos dez anos da Expo98 tem-se falado muito do Parque das Nações.Mas raros fazem as contas ao que aquilo custou ao Estado na véspera dos défices excessivos...Critérios curiosos que dizem muito sobre o país que somos.
O DN, e o Público, mostram hoje através da pena de directores, um grande mal estar pelas afirmações de um dirigente da Esquerda Republicana da Catalunha à agência portuguesa Lusa.Nessa entrevista Josep-Lluis Rovira relembra mais uma vez o destino diferente das lutas de independência de Portugal e da Catalunha em meados do século XVII.Tendo em conta para que agência estava a dar a entrevista, até se pode considerar uma gentileza diplomática...
Hoje trato da importância da diplomacia do petróleo no BP do CM.A Galp conduz uma política de comércio internacional que merece a maior atenção.
Tanto os novos colonizadores da Democracia, como no passado os descolonizadores do Imperialismo, partem da mesma premissa e incorrem no mesmo erro de achar que os povos que julgam libertar vão ficar melhor e ser mais felizes (pelo menos no quarto de século seguinte).
Revisão em baixa, é o tema do artigo de hoje no CM. Os governantes não são meros espectadores das previsões dos economistas.
Parece que a UEFA poderá actuar disciplinarmente no caso da inscrição do FC do Porto na próxima Liga dos Campeões.Seria exemplar, mas desde já digo que não gostaria de ver o SLB disputar a pré-eliminatória nesse contexto.
José Sócrates terá dito que a reacção ao cigarrinho foi uma atitude «calvinista».Percebo que tivesse dito«puritana» ou «moralista», mas «calvinista» é uma expressão demasiado precisa numa sociedade que jamais conheceu Calvino.
O dia nasceu com mais um aumento dos combustíveis.A visita do Primeiro-Ministro à Venezuela petrolífera estava assim mais do que justificada.Saboreando a coincidência José Sócrates acendeu um cigarro a bordo do avião.Era o barril de pólvora.Deixar de fumar só fez engordar as notícias .
Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas daUniversidade Nova de Lisboa exibe-se por estes dias uma espécie de feira do livro com obras de professores, promovida pela Isabel Lousada.
Mais um aumento do preço dos combustíveis.O dinheiro vale cada vez menos.
Cavaco Silva meteu-se num assado com o discurso sobre a despolitização da juventude. Mas lá terá de dar algum seguimento à preocupação proclamada até porque o voto jovem pode ter importância nas próximas eleições presidenciais.E naturalmente ele não conta com o voto dos jovens mais à esquerda. Mas daí a só receber algumas organizações há uma questão de método.
Ontem à noite num programa sobre Maio de 68 moderado por Mário Crespo na SIC-N, defendi que do ponto de vista político os acontecimentos de Maio 68 foram muito correctos: anti-gaullismo dois anos depois do general ter decidido retirar a França da estrutura militar da Nato, anti-sovietismo e maoísmo de entretenimento em plena guerra-fria.
É o título do meu BP no Correio da Manhã.Apito Final cheira-me a arbitragem habilidosa.E já agora: a pena aplicada ao Boavista de descida de divisão na véspera do jogo com o Sporting não terá um efeito de coacção psicológica nos jogadores axadrezados?O melhor é retirar o jogo do boletim do totobola...
Sempre que se aproxima um dia 13-de Maio ou de Outubro-chovem as notícias sobre a beatificação dos pastorinhos.Mas não me parece que o Papa BentoXVI seja favorável a essa glorificação dos visionários populares da Mãe de Jesus na Cova da Iria.É outra visão teológica...
Ontem fui ao teatro A Barraca ver a peça de Helder Costa em que o actor João de Ávila desempenha o papel de Humberto Delgado e compõe um personagem solto e lúdico.Hoje ouço pela primeira vez a voz do General no programa que está a passar na RTP1 da autoria de Lauro António.Uma voz gravada e desvanecida pela técnica do tempo mas ainda solta e determinada.De quem sabia o que queria.Como teria sido Portugal caso Salazar fosse demitido na altura?
Estive uns dias nos EUA.Todas as televisões abrem os noticiários com as primárias dos democráticos.Todas as conversas acabam nas preferências entre Obama e Hillary Rodham. Assim começo o BP no CM.
O Expresso pergunta na edição de amanhã para que servem as moções de censura quando existem governos com maioria absoluta.Pois para debater a política do governo.Haverá algo de mais próprio ao parlamento?
Ao chegar li, sem surpresa, que o antigo director da PJ, Alípio Ribeiro se tinha demitido, que o PR tinha perdido vários pontos nas sondagens, que o PS vai aceitar as novas regras para o Código de Trabalho e para a Segurança Interna. Neste último caso lembrei-me da luta decidida que os então deputados Sottomayor Cardia, Eurico Figueiredo, e Manuel Alegre deram a uma mais terna da autoria de Eduardo Pereira...O respeitinho é mais bonito nos dias de hoje...
Estive fora.Passei cerca de uma semana em terras do Uncle Sam, como se dizia antes de todos os filhos de madame Butterfly terem ido para a América.Num dos campus universitários onde estive, um grupo de estudantes lia, num café, um artigo sobre a UE no século XXI.Se há coisa que impressione hoje os americanos é a taxa de câmbio do Euro!Mas a vida universitária deles não tem preço.Só vi liberdade entre professores e estudantes.Muito positiva também a abertura entre o Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade de Brown e a comunidade luso-açoriana envolvente.Bolonha lá não faz falta.
Ao contrário da opinião dominante bem pensada e bem falada, acredito que o Pedro Passos Manuel e não a Dr.ª Ferreira Leite pode vir a ser (caso seja eleito) a maior insónia de Sócrates.
Corte na Aldeia é um dos meus blogues favoritos.Não conheço a autoria mas tem-me dado momentos de intenso prazer.Acho que devo partilhar este com mais gente.