Bichos carpinteiros por aí
A propósito deste post, a denúncia de uma técnica de uma Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco- CPCJ- devidamente identificada:
Sou técnica de Serviço Social e trabalho numa das muitas CPCJ, espalhadas pelo país. Há dois anos atrás, foi-me distribuído um processo de uma menor, que se encontrava grávida do companheiro da mãe, e as suas análises indicavam seropositividade.No entender da CPCJ, nem o bebé nem a mãe deveriam ter retornado à família de origem. E fui pedindo, de norte a sul do país, uma instituição que acolhesse mães adolescentes juntamente com os seus filhos. Apesar de haver um número razoável destas instituições no país, nenhuma deu resposta favorável ao meu pedido, alegando que no seu regulamento interno não é permitido acolher utentes portadores de doenças infecto-contagiosas.Quando o bebé nasceu, a maternidade fez de tudo para enviar a mãe e o bebé, o mais rápido possível, para casa, inclusivamente passando por cima da decisão daCPCJ, formulando um acordo com a avó do bebé.A maternidade enviou a criança para casa, pois só tem um quarto disponível para seropositivos. O Processo foi remetido a tribunal e ainda aqueles menores estão em perigo em casa do companheiro da mãe.Isto é uma pequena amostra, porque se tentar integrar pré delinquentes, adolescentes com consumos de estupefacientes, ou jovens normalíssimos a partir dos 14 anos (sobretudo rapazes), que apenas se incompatibilizam com as famílias, isso é que é mesmo impossível.
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