Começar a descer as escadas
No sábado, Expresso noticiava que “dois irmãos seropositivos de Castelo Branco, um com poucos meses e outro com menos de quatro anos, viram recusada a entrada em vários lares de acolhimento, depois de ter sido dada ordem do tribunal para que fossem internados numa instituição da rede da Segurança Social.” Segundo o jornal, as muitas instituições a que os técnicos de Segurança Social se dirigiram não tinham vagas.
A justificação que foi dada nunca se baseou na seropositividade das crianças, mas sim na “ausência de condições para acolher dois irmãos de idades tão diferentes». Entretanto, os irmãos ficaram numa instituição distrital da Segurança Social, onde permanecerão até ser conseguido o internamento num centro mais adequado.
É mais uma lamentável história. Estas crianças, tão pequenas e que, por todos os motivos, deveriam ser acompanhadas cuidadosamente, já começaram a andar aos trambolhões. A alegação de que têm idades muito diferentes, não colhe. Esta justificação, que pretende esconder, seguramente, a recusa pelo facto de serem seropositivas, em nada amortiza a falha grave que se está a verificar. Antes pelo contrário. A acreditar que o motivo é esse, a indisponibilidade é incompreensível. É óbvio que não devem ser separadas, como o tribunal determinou e é inadmissível que se evoque a diferença de idades.
Seja como for, parece-me óbvio que são recusadas porque são seropositivas. Como acontece muitas vezes.
No final da notícia, o Expresso esclarece que as recusas habitualmente surgem quando se trata de jovens mais velhos, com problemas de comportamento, que os centros e os lares de acolhimento não querem aceitar com receio de que um novo elemento com essas características possa perturbar o equilíbrio interno das instituições. O resultado é este tipo de crianças acabarem todas em lares como a Oficina de S. José, no Porto, que têm vagas e, como disse o padre Lino Maia, «não fecham as portas a ninguém».
Pois é…resta saber o que o Estado vai fazer – ou não vai fazer- com estes dois irmãos até eles serem mais velhos. Se o percurso continuar inquinado, como já começou por ser, pode ser que depois apresentem os tais problemas de comportamento. E lá vão parar às oficinas de S. José.
A justificação que foi dada nunca se baseou na seropositividade das crianças, mas sim na “ausência de condições para acolher dois irmãos de idades tão diferentes». Entretanto, os irmãos ficaram numa instituição distrital da Segurança Social, onde permanecerão até ser conseguido o internamento num centro mais adequado.
É mais uma lamentável história. Estas crianças, tão pequenas e que, por todos os motivos, deveriam ser acompanhadas cuidadosamente, já começaram a andar aos trambolhões. A alegação de que têm idades muito diferentes, não colhe. Esta justificação, que pretende esconder, seguramente, a recusa pelo facto de serem seropositivas, em nada amortiza a falha grave que se está a verificar. Antes pelo contrário. A acreditar que o motivo é esse, a indisponibilidade é incompreensível. É óbvio que não devem ser separadas, como o tribunal determinou e é inadmissível que se evoque a diferença de idades.
Seja como for, parece-me óbvio que são recusadas porque são seropositivas. Como acontece muitas vezes.
No final da notícia, o Expresso esclarece que as recusas habitualmente surgem quando se trata de jovens mais velhos, com problemas de comportamento, que os centros e os lares de acolhimento não querem aceitar com receio de que um novo elemento com essas características possa perturbar o equilíbrio interno das instituições. O resultado é este tipo de crianças acabarem todas em lares como a Oficina de S. José, no Porto, que têm vagas e, como disse o padre Lino Maia, «não fecham as portas a ninguém».
Pois é…resta saber o que o Estado vai fazer – ou não vai fazer- com estes dois irmãos até eles serem mais velhos. Se o percurso continuar inquinado, como já começou por ser, pode ser que depois apresentem os tais problemas de comportamento. E lá vão parar às oficinas de S. José.
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