Será sempre assim?
Ontem quer José Sócrates quer Manuela Ferreira Leite apresentaram-se como candidatos ao cargo de primeiro-ministro quando formalmente eles são candidatos a deputados. A realidade tem vindo a consagrar essa prática do líder do partido mais votado ser nomeado primeiro-ministro pelo PR, mas não deixamos de estar perante uma usurpação real de um poder presidencial, e que também diminui a AR. Até Louçã e Paulo Portas ,mesmo sem votos à vista para tal pretensão, abundam no culto da eleição directa do primeiro-ministro.
Vítor Dias chamou há dias a atenção para esta questão em Onze palavras para uma perversão e fez bem, até porque, curiosamente, pode dar-se o caso de uma próxima solução governamental com suporte parlamentar ter que seguir à letra o que a Constituição dispõe nesta matéria.
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