Uma semana de reuniões de esquerda europeia
A crise veio dar à esquerda da esquerda uma outra visibilidade. Soterrada, ou colonizada, pelo êxito aparente da globalização financeira e das receitas saídas da OCDE, do FMI, e dos ecos destas na Comissão Europeia, ninguém prestou muita atenção a tudo o que se passava para além das alas direitas dos partidos sociais-democratas.Porém o descontrolo do liberalismo, o aumento do desemprego, o regresso atemorizado da intervenção estatal na economia, com apelos cada vez mais fortes à nacionalização de parte do sector bancário em vários países ,levam a dar a devida nota à emergência de novos actores políticos desses quadrantes. Em França é a semana do lançamento do Parti de Gauche de Jean-Luc Mélenchon, um recém dissidente do PSF, e do anúncio da reconversão da antiga Liga Comunista Revolucionária de Alain Krivine e Daniel Bensaíd no Novo Partido anti-Capitalista do menos intelectual, porém mais ligado ao mundo do trabalho, Olivier Besancenot. Esta semana ainda o tão português Bloco de Esquerda realiza a sua Convenção. O êxito dessas forças políticas irá aferir-se em primeiro lugar nas eleições para o Parlamento Europeu, o que as empurra para essa dimensão.
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