É o super-homem? Não. Um feminista.
(capa da Ms. Magazine)
Jane Cottingham coordena a equipa Género, Direitos Reprodutivos, Saúde Sexual e Adolescência na Organização Mundial da Saúde. A co-autora do primeiro guia internacional sobre serviços que garantem um aborto seguro nos países onde a prática não é ilegal esteve em Lisboa e o Público entrevistou-a.
Qual tem sido o maior obstáculo à sua actividade?
O mais difícil, nos últimos oito anos, foi a Administração Bush, porque reinstalou a Global Gag Rule, que impunha que quaisquer fundos americanos para países em desenvolvimento não podiam ser usados em nada relacionado com o aborto, mesmo que fosse informação. Portanto, não recebemos nenhum dinheiro, só sobrevivemos porque passámos os projectos sobre aborto para um programa especial de investigação, que tem um orçamento separado e um conselho que não integra os Estados Unidos.
(...)
E agora, com a nova Administração Obama?
Assumimos que as coisas vão mudar. A primeira coisa que Barack Obama fez, no dia depois da investidura, foi anular a Global Gag Rule, o que quer dizer que o dinheiro pode voltar a ir para o planeamento familiar e para a informação sobre o aborto.
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