A Bola de Prata para Pauleta
A convite do jornal A Bola fui aos Açores participar na homenagem a Pedro Pauleta, o melhor goleador de sempre da selecção. Há muito de simbólico na carreira de Pauleta: não jogou em nenhum dos «grandes» do futebol português, não foi incensado pela opinião lisboeta, quase que teve de pedir desculpa por ter batido o record de Eusébio, vindo de outros tempos mitificados. Mesmo assim foi capitão da equipa nacional, como o foi do Paris Saint-Germain, numa cidade pouco dada a reconhecimentos desses a portugueses, Artur Jorge que o diga.
Um elevado conceito de dignidade pessoal impediu Pedro Pauleta de se «armar» em vedeta, como outros mais fabricados. Fez tudo com naturalidade. Depois de Espanha e de França, regressou à ilha de S. Miguel sem gravata e sem bravata. Deu muito mais do que recebeu. A Bola de Prata honorária fica-lhe bem.
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