Tudo por um recruta
No n.99 do Courrier Internacional (23 de Fev. a 1 de Março), transcrevia-se este artigo no NY Times. São conhecidas as dificuldades de recrutamento para o exército norte-americano. Para combater estas contrariedades, o exército tem baixado os seus critérios, admitindo indivíduos com insucesso escolar, resultados medíocres nos testes de aptidão militar e com problemas de saúde. Mas a nova vaga são os waivers, as chamadas “dispensas de critérios morais”, aplicáveis a recrutas com cadastro criminal. Indivíduos condenados por delitos pouco graves, mas também por delitos graves como pancada e ferimentos, assaltos, roubos, homicídios rodoviários. E até violência doméstica. Nenhum destes soldados é alvo de uma vigilância especial. Dizia John Hutson, ex-procurador da Marinha: “Se recrutamos alguém que tenha tido um comportamento anti-social e lhe pusermos uma arma nas mãos, convém que sejamos extremamente prudentes.” No mínimo…Já Bush declarou, numa conferência de imprensa em Janeiro deste ano: “Estamos a transformar os nosso militares. As coisas que procuro são as seguintes: moral, retenção e recrutamento. E a retenção é alta, o recrutamento cumpre os objectivos e as pessoas sentem-se empenhadas na missão”. A transformação está à vista, acrescentaria.
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