Justificação de faltas
A Primavera, como é costume, tem sido tempo de mesas redondas, conferências, congressos, palestras e afins. A época abriu com a ida à Dança com Livros, em Montemor-o-Novo, onde estive pela primeira vez e com gosto. Sobre o evento e a mesa em que participámos, Eduardo Prado Coelho escreveu uma síntese no Público, pelo que não me alongarei. De facto, esta iniciativa no Convento da Saudação tem um ambiente ímpar e vale a pena a visita. Para o ano há mais!
Têm-se seguido múltiplos encontros, obrigando a deslocações várias e a uma sensação nómada, que não me desagrada.
Têm-se seguido múltiplos encontros, obrigando a deslocações várias e a uma sensação nómada, que não me desagrada.
Este fim-de-semana, participei numa iniciativa do Sindicato dos Professores do Norte, que decorreu em Tormes. Para além do avejão do Eça, lá esteve a animação dos Andarilhos e a gastronomia exuberante. Valeu a pena debater com o José Alberto Correia, cujo humor e acutilância é de Maias, e com Francisco Assis que demonstrou uma saudável posição crítica em relação a actual ordem mundial, ao seu partido e ao seu governo, certamente indispensáveis ao debater-se a Educação e sobretudo nesta época de incêndios escolares. Fiquei por Amarante, para as Festas do Junho, em honra do polémico São Gonçalo, arrebatadas e onde tudo corre à desgarrada. Amadeo de Souza-Cardoso imortalizou-as, mas mesmo assim é de dar uma espreitada e ver o que são hoje estas celebrações. Amarante por estes dias é Portugal multicultural profundo. Vendedores de tudo e mais alguma coisa abarrotam as ruas. Quase nenhum nasceu em Portugal. Senegaleses, brasileiros, chineses. Os portugueses compram meias a 2 euros a dúzia e dançam ao som da Shakira. Passeiam-se meninos com os fatos comprados para a primeira-comunhão, guardados cuidadosamente no armário. As calças já não tampam os tornozelos e os sapatos estão impecavelmente novos, mas cheios da poeira. O sorriso é de fartura. Tudo se mistura com os turistas nórdicos e com os banhos no Tâmega, entre merendas com vinho tinto e comidas outras, trazidas pelos imigrantes de Leste.
Ainda dei uma saltada a Serralves em Festa, onde a oferta era distinta, mas a alegria rival.
Ontem estive em Lisboa, na ante-estreia do Inconscientes, fazendo um breve enquadramento histórico do ano de 1913 (por acaso o mesmo ano em que Amadeo pintou a procissão) e do nascimento da Psicanálise, colaborando, uma vez mais, com a Atalanta. Não comentei o filme – também não teria muito a dizer- mas lá andei pela decadência do império e pelo efervescência artística da época. É atribuída à elite vienense a frase: “Se tudo está desesperado, é porque não é sério”. Será que a nossa intelectualidade diria o mesmo?
Hoje estarei no Porto, numa tertúlia com o Carlos Magno e o Júlio Machado Vaz. A ementa promete aplacar a guerra. Amanhã sigo para Vila Real, para uma iniciativa do Instituto Português da Juventude, onde discutirei os movimentos juvenis.
Tudo isto para dizer: poucos posts mas muito palavreado. Siga a estrada.
Ainda dei uma saltada a Serralves em Festa, onde a oferta era distinta, mas a alegria rival.
Ontem estive em Lisboa, na ante-estreia do Inconscientes, fazendo um breve enquadramento histórico do ano de 1913 (por acaso o mesmo ano em que Amadeo pintou a procissão) e do nascimento da Psicanálise, colaborando, uma vez mais, com a Atalanta. Não comentei o filme – também não teria muito a dizer- mas lá andei pela decadência do império e pelo efervescência artística da época. É atribuída à elite vienense a frase: “Se tudo está desesperado, é porque não é sério”. Será que a nossa intelectualidade diria o mesmo?
Hoje estarei no Porto, numa tertúlia com o Carlos Magno e o Júlio Machado Vaz. A ementa promete aplacar a guerra. Amanhã sigo para Vila Real, para uma iniciativa do Instituto Português da Juventude, onde discutirei os movimentos juvenis.
Tudo isto para dizer: poucos posts mas muito palavreado. Siga a estrada.
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