O velho de Belém
Por Vasco Pulido Valente, no Público.
O Expresso publicou ontem uma notícia inesperada, inconcebível, quase absurda. (...) O Presidente da República, não só pensa que a situação económica portuguesa está "condenada" até 2010, mas nem sequer tem a certeza de que ela "melhore" depois disso. (...) Convém não esquecer que o dr. Cavaco se candidatou a Belém declarando que não se "resignava" à decadência económica do país, que pretendia restaurar a "confiança" na sua força e no seu futuro e que a eleição dele era a "última oportunidade" (...)
O Expresso publicou ontem uma notícia inesperada, inconcebível, quase absurda. (...) O Presidente da República, não só pensa que a situação económica portuguesa está "condenada" até 2010, mas nem sequer tem a certeza de que ela "melhore" depois disso. (...) Convém não esquecer que o dr. Cavaco se candidatou a Belém declarando que não se "resignava" à decadência económica do país, que pretendia restaurar a "confiança" na sua força e no seu futuro e que a eleição dele era a "última oportunidade" (...)
Sabia ou não sabia o dr. Cavaco o que esperava e o que esperava o país? Se não sabia, nada o desculpa. Mas se, de facto, sabia, o objectivo da campanha presidencial foi, desde o princípio, o de premeditadamente iludir os portugueses. Nos dois casos, não há explicação que o salve. (...) "os velhos do Restelo" tentavam evitar erros que ele cometeu e deixou cometer. O "velho de Belém", com a sua enorme autoridade, anuncia passivamente o pior e "bloqueia" irresponsavelmente o país. (...)
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