Freitas cansado,Sócrates descansado?
Sempre pensei que Freitas do Amaral foi para MNE do governo de Sócrates numa estratégia concebida para se apresentar como candidato presidencial nas passadas eleições. Se se tratasse apenas de aproveitar o ímpeto reformista do ex-presidente do CDS havia pastas mais adequadas para o efeito, como a da Justiça ou até a da Educação.A Pasta dos Estrangeiros dava prestígio sem querelas internas, acentuava o lado continental-europeu refractário à hegemonia norte-americana tido confusamente por mais à esquerda mas capaz de seduzir parte desta.Apenas a «disponibilidade »de Manuel Alegre não teria sido suficiente para impedir o pragmatismo da candidatura de centro+ esquerda governamental.O apoio do PS a Mário Soares anulou esse cálculo demasiado racional e tal não aconteceu. Freitas não tomou partido na contenda presidencial e teve de revêr a sua postura política para o próximo futuro.Confessa-se para já cansado. Freitas só será um problema para Sócrates se se vier a confessar desiludido, ou discordante,com a política governamental.
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