quarta-feira, maio 31, 2006

Dobradinha

No Público de hoje, Eduardo Prado Coelho intitula a sua crónica de “Feira Cabisbaixa”. Embora na edição on-line não apareça a referência ao autor do título, Alexandre O' Neill (não estou a sugerir que tivesse que aparecer), o texto acabou por me lembrar um poema- As voltas da poesia- desse mesmo livro que vai assim:

Borborigmo a expensas da dobrada
Para uns, é a alma alanceada;
para outros, quilo tão ronceiro
que lhes dá remoneio o dia inteiro,
a conversa visceral fiada
que os versos são, primeiro.

em qualquer dos casos, venham mas é versos,
bem tirados, acabados, tersos,
que a dobrada, essa, se por lá traquina,
é para coisa que se veja, chula ou fina.