quarta-feira, maio 24, 2006

Citizen journalism


O Público traz hoje uma pequena peça sobre o happy slapping, a propósito da agressão cometida por um aluno a um professor, na escola Básica de Palmeira, Braga. O happy slapping é um fenómeno cada vez mais comum que consiste em alguém humilhar ou agredir outra pessoa, enquanto um terceiro filma o sucedido. Depois, o registo passa a circular via telemóvel, correio electrónico ou Internet. Como se lê na peça: “Em Janeiro deste ano, Inglaterra registou uma condenação: quatro jovens - entre os quais uma rapariga que à data dos factos tinha 14 anos - foram sentenciados por homicídio. O juiz concluiu que três deles faziam happy slapping com regularidade e que tinham ficado obcecados com a ideia de atacar pessoas e de filmar a cena para posterior gratificação.”
Porque é que chamam happy slapping a esta coisa? Ok, do lado do agressor pode ser happy, cheerful ou joyful. E, afinal, já se capotou o ónus da prova, já que os slappers fazem o favor de a entregar de bandeja. Mas do lado do agredido, humilhado e ofendido, não é de certeza um festim. Só se também começássemos a chamar ao homicídio com arma branca, “faustoso retalhamento”, à pedofilia “recreação tenra” ou às chacinas ”orgias vigorosas”.