Droga de políticas
Nascimento Rodrigues foi à comissão de saúde alertar para o problema da incidência de hepatites entre a população prisional, cujas estimativas apontam para 30% e para 15% também com SIDA. O Provedor de Justiça indicou que este número está, provavelmente, subestimado. Ainda se aguarda o estudo sobre troca de seringas nas prisões. Há dez anos que se aguarda. E, portanto, nesta matéria como em tantas outras, quer PSD quer PS têm responsabilidades…
Mas em relação às prisões, e vencidas hipocrisias (género “isso é admitir que há droga lá dentro”), parece que um dos maiores receios se prende com a utilização das seringas como arma. Este é um dos motivos pelos quais a melhor solução parece ser a abertura de salas de injecção assistida dentro dos estabelecimentos prisionais.
De qualquer maneira, e tendo-se anunciado o despedimento de 1400 técnicos do IDT, de um total de cerca de 1700- ou serão supranumerários e excedentários em mobilidade ?- não estou a ver como vão ser cumpridas funções básicas- o, quanto mais um estudo que anda a marinar há uma década ou medidas que existem noutros países há duas. Na Visão de há duas semanas, Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência-IDT, alertava que esta área e as respostas às populações, desde a redução de danos ao tratamento, estão fragilizadas. E agora, o que vai fazer?
Quando, em 2002, Goulão recusou o convite do então presidente do IDT, Fernando Negrão (sim, Negrão que agora contesta já teve responsabilidades cruciais nesta área e não as soube cumprir) para vogal da administração, tendo em conta que Manuel Pinto Coelho, dono de clínicas de desabituação privadas, também integraria a equipa, interpretei a sua posição como uma não cedência a outros interesses e a defesa dos princípios técnicos.
A ver…
Mas em relação às prisões, e vencidas hipocrisias (género “isso é admitir que há droga lá dentro”), parece que um dos maiores receios se prende com a utilização das seringas como arma. Este é um dos motivos pelos quais a melhor solução parece ser a abertura de salas de injecção assistida dentro dos estabelecimentos prisionais.
De qualquer maneira, e tendo-se anunciado o despedimento de 1400 técnicos do IDT, de um total de cerca de 1700- ou serão supranumerários e excedentários em mobilidade ?- não estou a ver como vão ser cumpridas funções básicas- o, quanto mais um estudo que anda a marinar há uma década ou medidas que existem noutros países há duas. Na Visão de há duas semanas, Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência-IDT, alertava que esta área e as respostas às populações, desde a redução de danos ao tratamento, estão fragilizadas. E agora, o que vai fazer?
Quando, em 2002, Goulão recusou o convite do então presidente do IDT, Fernando Negrão (sim, Negrão que agora contesta já teve responsabilidades cruciais nesta área e não as soube cumprir) para vogal da administração, tendo em conta que Manuel Pinto Coelho, dono de clínicas de desabituação privadas, também integraria a equipa, interpretei a sua posição como uma não cedência a outros interesses e a defesa dos princípios técnicos.
A ver…
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