Não era uma vez no Oeste
A violência não é a de Sam Peckinpah, mas está lá todo o tempo. Os dois cowboys gays, o subtítulo criado pelo público (mas que deveria ser os sheepboys gays), mesmo depois de 20 anos de relação (nos meados dos anos oitenta, portanto), continuam tolhidos por uma sociedade estreita. E, a certa altura, por uma montanha outrora sublime. Gostei do filme, mas estava à espera de um pouco mais. A segunda parte anda a pastar, às vezes é demasiado formalista e mesmo convencional. Como diz Stephanie Zacharek (Salon): "Brokeback Mountain risks so much less than its characters do -- it's a closeted movie.” Convencional até na forma como repete tratamento dado às mulheres no oeste másculo. Ficam à porta.
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