Munique no café Landolt
Contra todas as prevenções fui ver o filme do Spielberg sobre o atentado de Munique e a resposta dos serviços secretos israelitas.Quando dos acontecimentos na aldeia olímpica em 1972, eu estava exilado em Genebra e frequentava o café Landolt que o Steiner refere no seu livrinho sobre a ideia europeia.Já não era o café de Lenine, mas por estar perto da Universidade era muito frequentado pelos estudantes(e professores!)de todas as revoluções perdidas por esse mundo fora.Sobretudo os suiços eram muito radicais.Eu já me inclinava para o realismo político o que me valia amores e ódios.Outros exilados portugueses que frequentavam o café eram o Eurico Figueiredo, o A. Barreto,o Manuel Areias, o Carlos Almeida, entre outros e outras.
Por ter encontrado ontem um «vieux» do Landolt,na altura a viver com uma israelita , e hoje jornalista da TV Suisse Romande ,Alec Feuz, em reportagem em Lisboa, e por ter visto o filme sobre acontecimentos dissecados na altura «ao vivo» em Genebra, lembrei-me desse café de revolucionários.
Agora há uma placa que assinala a estadia nele dos refugiados políticos portugueses.Uma iniciativa da Mairie de Genève, diga-se de passagem.
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