Um equívoco
Vasco Pulido Valente, no Público de hoje, relembra como Soares combateu a ditadura e ganhou. Combateu a subversão comunista e ganhou. Fundou o PS, o único partido democrático e europeu antes do 25 de Abril e tornou-se numa “glória do Ocidente”. Pulido Valente entende que um homem destes, de uma “cultura cosmopolita”, em que a “arte, a história, a filosofia, a política, a conversa” contam, vai, apesar disso e por isso, perder, já que “o novo homem” está “reduzido a uma educação técnica, com ideias sumárias sobre a sociedade e a vida, imitativo, grosseiro e dedicado a uma ambição primária e pessoal”. Será?
Será que o que Portugal merece é o que Pulido Valente descreve como “uma personagem menor e um lírico de província”, “um reality show” de “falsa rebeldia, falsa independência e falsa inspiração” (Alegre)? Ou um “economista superficial e estreito, quando a crise excede, em muito, e decisivamente, a economia”, “a fé moderna na omnisciência e omnipresença do especialista” (Cavaco)?
Será que o que Portugal merece é o que Pulido Valente descreve como “uma personagem menor e um lírico de província”, “um reality show” de “falsa rebeldia, falsa independência e falsa inspiração” (Alegre)? Ou um “economista superficial e estreito, quando a crise excede, em muito, e decisivamente, a economia”, “a fé moderna na omnisciência e omnipresença do especialista” (Cavaco)?
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