Candidatura experimental
Ontem no debate Soares-Alegre, o primeiro evocou a questão da experiência como uma vantagem sobre Alegre. Este ripostou com um argumento vazio. Dizia Alegre (o que depois foi retomado por comentadores e outros) que, de acordo com essa perspectiva, então nunca ninguém chegaria a Presidente da República, pois era sempre necessária uma experiência prévia.
Não tem sentido a resposta de Alegre. Parece a resposta de um irmão mais novo, complexado em relação ao mais velho. É evidente que, para ser Presidente da República, convém ter uma vasta experiência. Não tem que ser um cargo de júbilo, mas exige-se que o candidato tenha traquejo e prática. E Alegre não tem.
E não adianta, como outros fizeram, vir dizer que Cavaco tem essa experiência, logo o argumento de Soares cai por terra. Primeiro, o argumento de Soares deve ser situado no contexto em que foi proferido. Isto é, qual o candidato da esquerda melhor posicionado. Em segundo lugar, a memória dos tempos governativos de Cavaco não deixaram boas recordações. Ou seja, é justamente o facto de sabermos quem foi (quem é) Cavaco que nos permite rejeitá-lo liminarmente. Tanto é assim que Cavaco fala o menos possível, aparece o mínimo. Ele também sabe que a experiência prévia permite avaliar melhor cada candidato. Por isso procura que todos nos esqueçamos do que ele foi.
Ora, Alegre avalia positivamente a anterior experiência de Soares. Ao ser reeleito com 70% dos votos, Soares recebeu esse reconhecimento da larga maioria dos portugueses. E Alegre avalia negativamente (suponho que sim, mesmo que a sua candidatura não seja de esquerda, seja “transversal”) a anterior experiência de Cavaco. Se Alegre não considerasse a experiência importante, então basear-se-ia em quê para não votar em Cavaco?
De facto, é da máxima importância a experiência anterior de um candidato à Presidência da República. É necessário saber quem foi, o que fez, o que pensa realmente sobre cada uma das questões nacionais, europeias e internacionais. Como se posicionou em relação a cada uma é o que permitirá supor o que fará no futuro.
E Alegre, neste domínio, é fraco. A sua maior experiência anterior (praticamente a única) foi a de ser deputado do PS. Como agora sustenta muita das suas principais posições (ou mesmo o âmago supra partidário da sua candidatura) contra as decisões que tomou enquanto deputado (desde a privatização da água ao TGV), a sua experiência também não lhe é favorável.
Talvez por isso tenha fique tão abespinhado quando alguém lhe fala do passado.
Não tem sentido a resposta de Alegre. Parece a resposta de um irmão mais novo, complexado em relação ao mais velho. É evidente que, para ser Presidente da República, convém ter uma vasta experiência. Não tem que ser um cargo de júbilo, mas exige-se que o candidato tenha traquejo e prática. E Alegre não tem.
E não adianta, como outros fizeram, vir dizer que Cavaco tem essa experiência, logo o argumento de Soares cai por terra. Primeiro, o argumento de Soares deve ser situado no contexto em que foi proferido. Isto é, qual o candidato da esquerda melhor posicionado. Em segundo lugar, a memória dos tempos governativos de Cavaco não deixaram boas recordações. Ou seja, é justamente o facto de sabermos quem foi (quem é) Cavaco que nos permite rejeitá-lo liminarmente. Tanto é assim que Cavaco fala o menos possível, aparece o mínimo. Ele também sabe que a experiência prévia permite avaliar melhor cada candidato. Por isso procura que todos nos esqueçamos do que ele foi.
Ora, Alegre avalia positivamente a anterior experiência de Soares. Ao ser reeleito com 70% dos votos, Soares recebeu esse reconhecimento da larga maioria dos portugueses. E Alegre avalia negativamente (suponho que sim, mesmo que a sua candidatura não seja de esquerda, seja “transversal”) a anterior experiência de Cavaco. Se Alegre não considerasse a experiência importante, então basear-se-ia em quê para não votar em Cavaco?
De facto, é da máxima importância a experiência anterior de um candidato à Presidência da República. É necessário saber quem foi, o que fez, o que pensa realmente sobre cada uma das questões nacionais, europeias e internacionais. Como se posicionou em relação a cada uma é o que permitirá supor o que fará no futuro.
E Alegre, neste domínio, é fraco. A sua maior experiência anterior (praticamente a única) foi a de ser deputado do PS. Como agora sustenta muita das suas principais posições (ou mesmo o âmago supra partidário da sua candidatura) contra as decisões que tomou enquanto deputado (desde a privatização da água ao TGV), a sua experiência também não lhe é favorável.
Talvez por isso tenha fique tão abespinhado quando alguém lhe fala do passado.
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