Quem vê caras não vê corações
O Directo ao Assunto (TSF) versou sobre o tema: "Envelhecer em Portugal", no seguimento da Presidência Aberta de Jorge Sampaio. Logo no início Carlos Pinto Coelho perguntava, com insistência, porque é que em Portugal a esperança média de vida é de 80.6 para as mulheres e de 70.3 para os homens. Odete Farrajota (fundadora do Movimento «Mais Voluntariado Menos Solidão») dizia que é porque existem mais mulheres do que homens. Luís Jacob (presidente da Rutis - rede Universitária da Terceira Idade) justificava dizendo que na Universidade da Terceira Idade 70 % são mulheres.
Foi um diálogo surreal...
De facto, as mulheres vivem mais do que os homens (a diferença chega a dez anos em países desenvolvidos) por várias ordens de razões. Em primeiro lugar porque é comum os homens terem actividades mais perigosas e mortais (desde guerras a profissões e comportamentos de alto risco). Em segundo lugar há questões hormonais que influenciam o envelhecimento. Mas, sobretudo, hoje sabe-se que o coração das mulheres (o coração propriamente dito, o músculo) funciona, em média, melhor do que o dos homens. A idade das artérias não perdoa.
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