A guerra da net
O governo norte-americano não aceita a proposta da UE para colocar sob a tutela das Nações Unidas o controlo da Internet, correntemente da responsabilidade da ICANN (organização privada, supervisionada pelo Departamento de Comércio dos EUA). O principal argumento dos EUA é que a Internet ficaria vulnerável aos preceitos censórios de governos de países como a Coreia do Norte ou a China. Há um outro argumento (não oficial, mas que faz caminho) que se baseia na ideia “nós inventámos, nós controlamos” e que prefiro nem comentar. Receia-se, igualmente, a burocratização.
Do lado da UE há quem proponha que a Europa e o “resto do mundo” se autonomizem e, assim, evitem esta “negociação”.
Mas há que sublinhar que o governo norte-americano interfere com a ICANN. Um exemplo é a recente polémica com o .xxx. Efectivamente, os EUA deveriam ter internacionalizado o controlo da Internet e criado mecanismos de accountability.
Insistir na unilateralidade baseando-se na governamentalização e seus riscos é paradoxal e sem credibilidade. Dizer “não somos autoritários como a China, logo não cedemos” é apenas mais do mesmo.
Do lado da UE há quem proponha que a Europa e o “resto do mundo” se autonomizem e, assim, evitem esta “negociação”.
Mas há que sublinhar que o governo norte-americano interfere com a ICANN. Um exemplo é a recente polémica com o .xxx. Efectivamente, os EUA deveriam ter internacionalizado o controlo da Internet e criado mecanismos de accountability.
Insistir na unilateralidade baseando-se na governamentalização e seus riscos é paradoxal e sem credibilidade. Dizer “não somos autoritários como a China, logo não cedemos” é apenas mais do mesmo.
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