Filhos da terra
Bem ou mal (entendo que mais mal que bem) nas legislativas de 2005 (como, aliás, já tinha sucedido nas legislativas de 2002, mas menos acentuadamente) um dos afãs dos jornalistas era saber se o candidato a deputado tinha nascido no distrito pelo qual se candidatava. Não querendo discutir agora o interesse deste critério, e salvaguardando as devidas diferenças, se ele é considerado para as legislativas deveria ser considerado para as autárquicas. E não foi. Efectivamente, havia muitos candidatos não oriundos das localidades a que se canditavam. E entre os eleitos encontram-se Isabel Damasceno, natural de Mirandela (Bragança), que conquistou (de novo) a câmara de Leiria. Moita Flores, natural de Moura (Beja), assume agora a câmara de Santarém. Fernando Seara, outra vez à frente de Sintra, é natural de Viseu. José Apolinário, eleito para a câmara de Faro, é natural de Olhão. Estes são apenas exemplos...
Porque é que os jornalistas, em grande obsessão geográfica em Fevereiro, se desinteressaram agora pela “naturalidade”?
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