O regresso do Político (o cidadão)
"Quis custodiet, ipsos custodes?"
("Quem vigia, os vigilantes?")
Os candidatos sentem o apelo da República. A República agradece ao duopólio partidocrático (PS e PSD) e suas "franchisadas" (os restantes) a sua incapacidade em gerar novas causas e ideias (não gosto de colocar o plano nas pessoas).
Resultado: Os mais novos asfixiados (pela dinâmica feudalista do aparelho partidário) ou desinteressados e desiludidos, deixam de seguir a causa pública. Realmente para quê? A sociedade civil é uma anedota de si própria e da sua inexistência perfeita. Resta-nos passivamente aceitar as "leis" do mercado e dos nossos decisores políticos. A esfera da vida pública resume-se a estes dois actores.
O importante mesmo é que não nos falte o ordenadozito ao fim do mês para pagar a casa, o carro, a educação dos filhos e colocar comida na mesa. Até porque, e ao fim ao cabo como diria com ironia Bukowsky: "The difference between a Democracy and a Dictatorship is that in a Democracy you vote first and take orders later; in a Dictatorship you don’t have to waste your time voting."
O regresso do verdadeiro político ... o cidadão, esse fica então adiado.
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