O choque eléctrico
Ontem enquanto fazia serão e ronha no sofá folheando o último número da Egoista (edição inteiramente dedicada à publicidade) ia dando uma espreitadela ao "Expresso da Meia-Noite" na Sic Notícias, cujo tema era sobre "o-bicho-papão-da-OPA-Gas-Natural-Endesa" e afins.
A moderar o debate estavam os já conhecidos "cicerones" Nicolau Santos e Ricardo Costa acompanhados por um "task-force" de notáveis nestas matérias de electricidade, competitividade, estratégia e demais substantivos, a saber: o Eng. Mira Amaral (que no meio de tanta teoria à la McKinsey até falou do seu ídolo Jack Welch, ex-CEO da GE), o Eng. José Penedos (cumprimentos à família, Zeca), o Dr. António Borges (sempre nestas andanças, obviamente) e por fim o Dr. António Almeida (de quem me recordo dos tempos de Londres, quando ele organizava os jantares do CPE).
Um dos chamarizes deste debate, foi quando o Dr. António Almeida tentou estabelecer uma indepedência linguística, para "evitar confusões" entre a questão da "dimensão" e da suposta "capacidade competitiva" das empresas portuguesas e espanholas.
Eu penso que existe aqui uma falácia "post-hoc" e pergunto-me: a dimensão de uma empresa é importante, porque é ela que determina a sua eficácia de negócio e a torna ainda mais competitiva face a outros challengers que aspiram a ganhar mais "cabedal"? Ou pelo contrário, é a sua capacidade competitiva e tudo o que isso engloba (gestão eficiente dos seus recursos, capacidade de mudança e resposta a outros players e consumidores) que determina a sua dimensão?
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