Não terei insónias...
Fiz o que pude - reconheço que podia muito pouco... - para convencer o dr. Mário Soares a não ser, uma vez mais, candidato a Belém. Tratou-se de meia dúzia de conversas de amigos, em que as negativas de Soares nunca me pareceram definitivas - para minha preocupação e para alegria de outros amigos que tinham opinião diferente.
Referência política e cívica da minha juventude, pensava - e penso - que Soares merecia ser poupado a este último esforço e que já tinha dado à Democracia e à República um contributo ímpar e irrepetível.
Não foi essa a sua vontade íntima. Por «culpas» próprias e alheias, Soares vai, uma vez mais, fazer o que gosta e o que sabe, como ninguém. E reconheço, sem qualquer dúvida, que o movem os propósitos de sempre. Por isso terá o meu voto.
No entanto, se perder para Cavaco, desde já afirmo que não terei insónias...
<< Home