O Governo do Silêncio
Como já muitos sabem, Campos e Cunha publicou um artigo no Público onde basicamente lançou suspeitas sobre o investimento público anunciado com pompa e circunstância pelo Governo, defendendo novas medidas de “contenção”. Tudo numa expressão mais ou menos vaga. As bases do PS contestam, Marques Mendes adivinha cisão. Das duas uma. Ou há realmente um desacerto interno, como já houve em outras situações, o que não abona nada a favor do Governo do Silêncio (e pode ter vários desfechos); ou Campos e Cunha faz o papel do Velho do Restelo, como aliás já fez quando anunciou o aumento dos impostos e enquanto Sócrates ainda queria manter a imagem da bonomia. Assim sendo, para depois das autárquicas, e para que a festa já magra não seja funeral, preparar-se-á nova onda de austeridade, provavelmente mais um maremoto. Não vejo como a economia e os portugueses resistirão a ele.
Para além disto e qualquer que seja a hipótese correcta, tratam-se de sinais muito claros que a comunicação deste Governo vai de mal a pior. Curioso que, numa entrevista que sairá no DN de quarta-feira, Freitas do Amaral venha reconhecer erros de comunicação do seu executivo: " houve falhas na forma com o Governo apresentou e explicou aos portugueses as medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas". Pena é que seja retroactivo e não preventivo.
Para além disto e qualquer que seja a hipótese correcta, tratam-se de sinais muito claros que a comunicação deste Governo vai de mal a pior. Curioso que, numa entrevista que sairá no DN de quarta-feira, Freitas do Amaral venha reconhecer erros de comunicação do seu executivo: " houve falhas na forma com o Governo apresentou e explicou aos portugueses as medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas". Pena é que seja retroactivo e não preventivo.
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