A idade do fogo
Os incêndios continuam a devastar o país. É a pior situação nos últimos cinco anos. 30 mil hectares ardidos desde o início do ano, 3 mil incêndios. Onde está o Ministro? Onde estão os meios?
O Estrago da Nação tem comentários pertinentes:
O Estrago da Nação tem comentários pertinentes:
"Ferreira do Amaral, presidente da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais (...) Em relação aos métodos de combate dos incêndios e aos número de bombeiros mortos e feridos, diz que se deveu à «abnegação» no combate, elogiando, mais uma vez, o voluntarismo. Enquanto continuarmos a tapar o sol com a peneira não vamos lá. As imagens que as televisões mostram é bombeiros a atacarem frentes de fogo demasiado forte sem que qualquer efeito tenham os esguichos de água; grupos de bombeiros a aguardarem que a frente de fogo chegue às estradas sem, por exemplo, fazerem cortes de vegetação para criarem um «corta-fogo» - nunca vi moto-serras e outros materiais em função como vi no ano passado na Andaluzia -; e bombeiros a serem surpreendidos pelo chamado «efeito de chaminé» e a colocarem em risco a sua vida (confunde-se abnegação com negligência e impreparação)."
E também:
"«Não há falta de meios, nem sequer de meios aéreos, o problema é o vento». Esta é a frase do comandante operacional distrital dos bombeiros e da Protecção Civil, Moreira Vicente, para justificar o fogo incontrolável em Mafra que já chegou à Tapada e obrigou ao encerramento da Auto-Estrada A8.Estas ridículas justificações - já só me falta ouvir que «o problema é o fogo» - mostram bem como os responsáveis pela prevenção e combate aos fogos florestais tentam tirar a água do capote. A culpa não é da floresta mal gerida, não é dos comportamentos de alto risco em tempo quente, não é da deficiente vigilância, não é da inexistência de brigadas de intervenção rápida, não é, enfim, do modo como olhamos para este património económico e ambiental. A culpa essa é sempre do tempo quente... do vento... da falta de chuva... em suma, de Deus que criou os fogos".
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