sexta-feira, julho 08, 2005

Há lá melhor retrato do país?


Consta do Público de hoje (linkador-pagador)

O Tribunal Criminal do Funchal condenou ontem o advogado e articulista António Fontes a pagar uma indemnização de 2500 euros a Alberto João Jardim, por prática de um crime de difamação. Trata-se de um artigo publicado em 2001 no semanário Tribuna da Madeira, sob o título O garotinho da Quinta, que o tribunal considera “juízos de desvalor sobre a personalidade” de Jardim que “configuram um atentado à honra do cidadão e presidente do Governo Regional”. Fontes escreveu “jurista medíocre”; “cobarde por gozar da imunidade que lhe é conferida por lei”; “falho de
princípios e dos mais elementares valores éticos e morais” e fechado “na sua
concha egocêntrica de arrogância, prepotência e de completa falha de respeito pelos outros” . Muito justo, sim senhor.
CONTUDO: O tribunal reconheceu que Jardim “verbalmente, aos meios de comunicação social e em comícios, e por escrito, em especial em post-scriptum dos seus artigos de opinião publicados no Jornal da Madeira, tem apelidado, entre outros, os ambientalistas e os partidos da oposição regional e respectivos membros de ‘rascas’, ‘rafeiros’, ‘incompetentes’, ‘covardes’, ‘mafiosos’, ‘parvalhões’, ‘abutres’, ‘malandros’, ‘canalhas’, ‘vigaristas’, ‘tarados’, ‘tontos’, ‘broncos’, ‘psiquicamente doentes’ e ‘subversivos idiotas’”. As expressões “bastardos” e “filhos da puta”, com que apodou jornalistas, não constam desta relação, por terem sido proferidas por Jardim depois das audiências do julgamento.