A GERAÇÃO DE SALDANHA SANCHES II
Li com grande interesse,e até com emoção,os comentários tecidos por alguns companheiros de geração ao apontamento que escrevi sobre as afirmações do Saldanha Sanches de quem sou amigo há mais de 40 anos.Ele sabe que só pretendi recolocar a história dos que lutaram contra a ditadura nos anos 60 e 70 numa perspectiva realista e não mitológica.Em 1965 ,na uni de Lisboa a minoria subversiva cifrava.se na casa de poucas centenas de estudantes que foram dizimados pelas prisões e pelas expulsões das universidades ,como o próprio Saldanha Sanches,e já agora mais uns actuais bloguístas.Nem pensei naqueles que só começaram no clima revolucionário depois do 25 de Abril.Em termos de geração política há aí um corte, emboras as idades possam ser próximas.
A minha tese baseia-se no facto daquela geração política ter sido considerada incómoda para os poderes instalados depois do período revolucionário ,e desde cedo apresentada pela jovem imprensa como os históricos dinossaurios de todos os partidos ,muitos ainda não tinham 40 anos.A carne fresca das juventudes partidárias revelou-se mais apetitosa para imprimir ao regime democrático a sua actual plasticidade.
Os casos isolados de um Jorge Sampaio.ou agora de um Manuel Alegre à espera da hora da verdade,ñão invalidam que os representantes da geração de Saldanha Sanches estejam há muito tempo«IDOS e DISPERSOS»,como os amigos do soneto de Antero de Quental.
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