Ainda assim, 50% recenseiam-se…
O Expresso, sob um título pouco correcto de “50% dos jovens não querem votar”, explica que metade dos jovens que atingiram a maioridade nos últimos quatro anos não estão recenseados. Não quer dizer que não queiram votar. A questão é mais complexa e diz respeito ao fosso que se tem vindo a agravar entre cidadãos e os sistemas burocráticos e políticos. Na campanha das legislativas em Fevereiro, um amigo sugeria que fosse lançada uma campanha nacional pelo recenseamento de jovens. Uma campanha bem feita, que dispense as habituais parvoeiras das campanhas dirigidas aos jovens- para mim é inesquecível aquela campanha antitabagista que dizia Maria: 15 anos, joga ténis, gosta de música, vai ao cinema e não fuma; João: 16 anos, surfista, toca guitarra, curte a neve, não fuma. Como dizia um outro amigo meu, dava vontade de responder: Natacha, 17 anos, pais alcoólicos, mora desde sempre num bairro de lata, prostitui-se, tem SIDA, droga-se e fuma.
Mas voltando à questão do recenseamento, uma campanha com genica era fundamental. Se calhar mostrava mais o interesse genuíno pela participação cidadã do que muitos discursos pungentes sobre a abstenção e afins.
Mas voltando à questão do recenseamento, uma campanha com genica era fundamental. Se calhar mostrava mais o interesse genuíno pela participação cidadã do que muitos discursos pungentes sobre a abstenção e afins.
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