sábado, junho 18, 2005

Um Romance com Faulkner II

"À nossa frente a água corre espessa e escura. Fala-nos num murmúrio incessante e múltiplo, com a superfície amarela agitada por fugidios redemoinhos que revoluteiam um instante à superfície, silenciosos, efémeros e profundamente significantes, como se logo abaixo da superfície algo vivo e descomunal despertasse de um sono ligeiro para de novo nele reentrar após um momento de ociosa vigília". (p.113)
"por termos de nos usar uns aos outros por meio de palavras que eram como aranhas a balouçar penduradas das vigias pela boca, a oscilar e a girar sem nunca se tocarem, e que só através das vergastadas o meu sangue e o deles podia correr como um só rio". (p.139)
(Na Minha Morte, Ed. D. Quixote)