sábado, junho 04, 2005

Gosto da Feira do Livro

A Feira do Livro sempre me atraiu, ora porque sugere o verão, ora porque retira tantos editores e livros da clandestinidade dos espaços fechados e curtos. É um regalo encontrar edições perdidas, editores já retirados que reaparecem numa ressurreição anual partilhando pavilhões com outro deserdados do mercado. Quantos deles não prejudicaram as famílias empenhado a fazenda pelo gosto de fazer livros. Recordo Ançã Regala, já desaparecido, que jogou uma herança no lançamento da PANDORA, onde publiquei em 1985 uma colectânea de textos com o título de PORTUGAL EM TRANSE que voltaria a usar mais tarde em explícita homenagem aquele malogrado Homem de BEM.
E quantos livros fundamentais ou saborosos não voltam a ter uma nova oportunidade de romperem com a hierarquia dos êxitos e tomarem um lugar à mesa da imortalidade passageira da fama!
Por outro lado, na feira, o próprio parque Eduardo VII, retoma o seu direito de cidade e é local de convívio e cultura. Gosto destas metamorfoses.