The face of evil is always the face of total need (Burroughs)
Há umas semanas, e a propóstio dos filmes A Interprete e o Assassínio de Richard Nixon, bem como do crescente número de ataques suicidas, tive oportunidade de me referir à importância da alteração radical da perspectiva do mundo ocidental sobre estes trágicos acontecimentos. Saiu agora um novo livro sobre este assunto: Dying to Win de Robert Pape, que dirige o Chicago Project on Suicide Terrorism na University of Chicago, e que compilou uma base de dados de todos os ataques e bombistas suicidas de 1980 a 2003. Afirma que estes acontecimentos são sobretudo uma resposta à ocupação territorial e que não têm nenhuma ligação directa ao islamismo fundamentalista: “Once you have a more complete picture you can see that the main cause of suicide terrorism is a response to foreign occupation, not Islamic fundamentalism, and the use of heavy combat forces to transform a Muslim society is only likely to increase the number of suicide terrorists as is now happening.”
Do mesmo modo, e confirmando as investigações anteriores que cito na crónica do DN, Pape argumenta que os bombistas suicidas são membros bem integrados e produtivos das suas comunidades: “Technicians, waitresses, security guards, ambulance drivers, paramedics ... few are criminals. Most are volunteers whose first act of violence is their very own suicide attack.”; “The standard stereotype of a suicide attacker as a lonely individual on the margins of society with a miserable existence is actually quite far from the truth”. Mais aqui, aqui e aqui.
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