Direito de Resposta
Inês Pedrosa (Expresso, 25 Junho 2005)
"No caso de Carrilho, a «acusação» estende-se ao aparecimento da mulher, Bárbara Guimarães, ao seu lado - e sucedem-se textos (muitos deles, infelizmente, assinados por mulheres), em que Bárbara é barbaramente desconsiderada. Porquê? Porque Bárbara é demasiado bonita e, não contente com isso, tem sabido utilizar a sua beleza em prol dessas frioleiras que são a leitura e a língua portuguesa. (...) Tudo coisas que não a recomendam, neste país guardado pelo gigante da inveja, que permanentemente empurra o mérito para fora de si. (...) Se preferiam ler nesta página mais umas filosofices sobre o papel e o lugar da família na política, paciência. Não gosto de telenovelas, nem tenho nada contra famílias felizes."
Ana Sá Lopes (Público, 26 de Junho de 2005)
"Vinha isto a propósito de ela ser feminista (e, como já disse, eu também). É verdade que abandonou alguns preceitos da teoria sobre o desejo feminino, oh sempre envolto em afecto, quando se viu a mandar passear três ou quatro rapazes bemintencionados depois de satisfeitas as primeirasimpressões bárbaras. (...)– Eu sou muito mais feminista do que aquela gaja!, disse-me ela, e era a sério.
– Mas, Vanessa, isso mede-se? (Sempre fiquei confrangida quando alguém tentava medir, assim em conversa, a dose de socialismo, realismo ou surrealismo, de um ente qualquer)
– Mede-se, mede-se. De resto, há imensas coisas que dizem muito sobre as pessoas. E eu sei muito bem porque é que ela não gosta de mim.
– Sabes? (Estava em causa o conflito laboral, daqueles extremamente relevantes dentro da cápsula do “emprego”)
– A gaja tem inveja, pá. Já viste a cara dela, a sério? É um monstrozinho! Que culpa tenho eu de Deus me ter dado estas pernas? Ela só me critica por inveja. Do rabo, talvez. Ou do cabelo. Ou destes vestidos que comprei agora nos saldos. Ou da minha família. Ela não tem filhos, deve ser por não ter filhos. E sabes se ela tem algum gajo? Se calhar não tem. Isto é uma chatice e depois sobra para mim. O problema dela sei eu bem qual é. "
– Mas, Vanessa, isso mede-se? (Sempre fiquei confrangida quando alguém tentava medir, assim em conversa, a dose de socialismo, realismo ou surrealismo, de um ente qualquer)
– Mede-se, mede-se. De resto, há imensas coisas que dizem muito sobre as pessoas. E eu sei muito bem porque é que ela não gosta de mim.
– Sabes? (Estava em causa o conflito laboral, daqueles extremamente relevantes dentro da cápsula do “emprego”)
– A gaja tem inveja, pá. Já viste a cara dela, a sério? É um monstrozinho! Que culpa tenho eu de Deus me ter dado estas pernas? Ela só me critica por inveja. Do rabo, talvez. Ou do cabelo. Ou destes vestidos que comprei agora nos saldos. Ou da minha família. Ela não tem filhos, deve ser por não ter filhos. E sabes se ela tem algum gajo? Se calhar não tem. Isto é uma chatice e depois sobra para mim. O problema dela sei eu bem qual é. "
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