Uzbequistão e EUA
No passado dia 5 de Abril na crónica do DN, e a propósito da revolução no Quirguistão, tive oportunidade de me referir à complexa situação nessa zona. Na altura, fiz questão não apenas de diferenciar os acontecimentos relativamente à queda de Akaek das revoluções na Geórgia e na Ucrânia (já que havia quem quisesse insistir na tese da democracia dominó) como coloquei a questão do Uzbequistão: “Os ditadores vizinhos afirmam que o que aconteceu no Quirguistão foi consequência da tolerância à oposição. Entendem, pois, endurecer essa mesma “vigilância”. A ver vamos como é que os EUA vão conciliar a tirania com as suas relações privilegiadas com o Cazaquistão e o Uzbequistão”.
De facto, não apenas o Uzbequistão é governado por um ditador sem escrúpulos, o senhor Islam Karimov (denunciado há anos e sistematicamente por organizações de defesa dos direitos humanos) como tem tido relações privilegiadas com os E.U.A., na chamada luta contra o terrorismo. O Uzbequistão tem também sido um dos países para onde os americanos têm enviado suspeitos para out sourcing torture.
Neste fim-de-semana começaram manifestações contra o seu poder, reprimidas de modo sanguinário e atroz, tendo sido mortas centenas de pessoas. Hoje o The Guardian noticia que uma das líderes da oposição aponta para 745 mortos. Kadyrov, uma das principais figuras do Estado disse, sentando-se ao lado de Karimov, que “apenas” morreram 169 pessoas, o que tem sido desmentido pela Associated Press e outros jornalistas. A reacção dos E.U.A, pela voz de C. Rice foi “o país tem um regime político demasiado fechado”. Lê-se no Guardian: “Nevertheless, the US appears to be reluctant to be too overtly critical of a state it regards as a key regional ally in its "war on terrorism". Uzbekistan has given it access to a strategically important air base”. Comentários semelhantes encontram-se na BBC news em muitos media mainstream.
Espero que a U.E. tome posição. Clara.
A única vantagem desta chacina é por a nu a tremenda hipocrisia da administração Bush e os seus discursos de democracia expansionista.
Para quem se interessa por estas temáticas aconselho vivamente a consulta do registan.net. Excelentes artigos e constante actualização.
De facto, não apenas o Uzbequistão é governado por um ditador sem escrúpulos, o senhor Islam Karimov (denunciado há anos e sistematicamente por organizações de defesa dos direitos humanos) como tem tido relações privilegiadas com os E.U.A., na chamada luta contra o terrorismo. O Uzbequistão tem também sido um dos países para onde os americanos têm enviado suspeitos para out sourcing torture.
Neste fim-de-semana começaram manifestações contra o seu poder, reprimidas de modo sanguinário e atroz, tendo sido mortas centenas de pessoas. Hoje o The Guardian noticia que uma das líderes da oposição aponta para 745 mortos. Kadyrov, uma das principais figuras do Estado disse, sentando-se ao lado de Karimov, que “apenas” morreram 169 pessoas, o que tem sido desmentido pela Associated Press e outros jornalistas. A reacção dos E.U.A, pela voz de C. Rice foi “o país tem um regime político demasiado fechado”. Lê-se no Guardian: “Nevertheless, the US appears to be reluctant to be too overtly critical of a state it regards as a key regional ally in its "war on terrorism". Uzbekistan has given it access to a strategically important air base”. Comentários semelhantes encontram-se na BBC news em muitos media mainstream.
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