Rush Hour
Aproveitando o feriado de segunda-feira (é o Memorial Day nos E.U.A., assinalando os mortos em combate), vim passar o fim-de-semana a Nova Iorque. Este é um dos fins-de-semana mais movimentados dos E.U.A. (apenas ultrapassado pelo Thanksgiving), durante o qual se viaja para visitar familiares e campas. Chegada de Chicago, Nova Iorque pareceu mais apinhada e abespinhada do que nunca, mais suja e mais bruta. Central Park (que todos repetem ser maior do que o Mónaco, que sempre serve para estas comparações) continua surpreendente, resistindo à louca especulação imobiliária, surdo e desligado da luta inominável da ilha. Frank Lloyd Wright, no Chicago Culture, comparava as duas cidades assim: “É onde a vida é fundamental e livre que os homens desenvolvem a visão necessária para revelar a alma humana no florescimento que ela impele… Num grande workshop como Chicago este poder criativo germina, apesar da brutalidade e da preocupação egoísta que o expele para outro lugar para se alimentar. Homens deste tipo têm amado Chicago, têm trabalhado para ela e têm acreditado nela. A coisa mais difícil que têm tido que suportar é a vergonha de Chicago. Estes homens podiam viver e trabalhar aqui, enquanto viver e trabalhar em Nova Iorque estimularia o seu génio e encher-lhes-ia a bolsa…Nova Iorque ainda acredita que a arte deveria ser importada; trazida em navios; e é um mercado bastante satisfeito. Portanto, enquanto Nova Iorque tem reproduzido muito e produzido nada, as conquistas de Chicago na arquitectura têm conquistado reconhecimento mundial enquanto arquitectura distintamente americana.”
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